O Governo de São Paulo confirmou, nessa quarta-feira (22/10), sete óbitos causados por intoxicação por metanol em território paulista. Ao todo, já foram confirmados 42 casos de contaminação.

Dos sete óbitos, três homens — de 54, 46 e 45 anos — eram moradores da capital; uma mulher, de 30 anos, era de São Bernardo do Campo; outros dois homens — de 23 e 25 anos — moravam em Osasco; e um rapaz, de 37, era de Jundiaí.

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Ricardo Mira foi a primeira vítima do metanol confirmada em São Paulo e no Brasil.
Marcos Antônio tinha 46 anos quando foi vitima da intoxicação por metanol.
4Bruna Araújo tinha 30 anos e morreu após consumir bebida com metanol em São Bernardo Do Campo.

A primeira morte confirmada no estado foi a do empresário Ricardo Lopes Mira. Ele apresentou sintomas no dia 9 de setembro e morreu seis dias depois. Mira fazia parte do mesmo grupo de amigos da segunda vítima do metanol, Marcos Antônio Jorge Junior, que morreu no dia 2 de outubro.

Os dois consumiram a bebida contaminada por metanol no Torres Bar, um estabelecimento localizado na Mooca, zona leste paulistana.

A terceira morte confirmada foi em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Bruna Araújo tinha 30 anos e morreu no dia 6 de outubro. Ela foi o primeiro caso de contaminação no município.

Logo depois, foram confirmadas as mortes de Marcelo Lombardi, de 45 anos, Leonardo Anderson, de 37 anos, Daniel Antonio Francisco Ferreira, de 23 anos, e Cleiton da Silva Conrado, de 25. Os dois últimos frequentaram o mesmo churrasco.

10 mortes confirmadas no Brasil

  • Até agora, foram confirmadas 10 mortes por intoxicação por metanol em todo o país: sete no estado de São Paulo, duas em Pernambuco e uma no Paraná. Outras 11 mortes suspeitas seguem em investigação: seis em Pernambuco, duas no Paraná, uma em São Paulo, uma no Mato Grosso do Sul e uma em Minas Gerais. Outras 28 notificações de óbitos foram descartadas.
  • O metanol é um álcool simples, líquido, incolor e altamente tóxico. Ele é usado principalmente na indústria química, como matéria-prima na fabricação de solventes, plásticos, tintas e combustíveis.
  • Quando ingerido e metabolizado pelo organismo, é transformado em substâncias tóxicas, como formaldeído e ácido fórmico, que atacam o sistema nervoso central e o nervo óptico.
  • A ingestão de apenas 10 ml já pode causar cegueira, e 30 ml pode ser fatal. Os sintomas de intoxicação, muitas vezes, demoram a aparecer e podem ser confundidos com uma simples ressaca, o que atrasa o diagnóstico e o tratamento.

Com informações de Metrópoles.

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