O sepultamento do terceiro sargento da Polícia Militar, Tiago Jorge de Deus Melo, 36 anos, morto a tiros em Manaus na madrugada de quarta-feira (29/12), foi marcado por homenagens de colegas de farda, amigos e familiares na tarde desta quinta-feira (30/12). O 11º Batalhão da Polícia Militar recebeu o cortejo fúnebre com apresentação de armas e salva de tiros realizada na entrada do Cemitério Municipal São José.

Antes, o Bispo da Diocese de Parintins, Dom Giuliano Frigeni celebrou missa de corpo presente na Catedral de Nossa Senhora do Carmo. Inconsolável, a esposa da vítima de disparos de arma de fogo, Rafaela Brandão, e os filhos se despediram aos prantos. Os familiares pediram justiça e punição ao réu confesso do assassinato do sargento, o Cabo da PM, identificado pelo nome de Jean Nascimento, que se apresentou na Delegacia de Homicídios.

Depois de prestar depoimento, o PM suspeito do homicídio saiu pela porta lateral no mesmo dia do crime. Abalada pela perda, a mãe da vítima, a professora aposentada Jacy de Deus Melo, revelou que as homenagens representaram todo o carinho das pessoas ao filho caçula. “Isso nos deu mais consolo. Ele deixou um legado maravilhoso, por ser uma pessoa que tinha muitos amigos e alegria por onde andava”, lembrou.

“Meu filho não merecia isso, era uma pessoa do bem. Queremos que seja feita a justiça pela vida do meu filho. Era um filho maravilhoso, pai dedicado, não tenho palavras. Eu sempre chamava ele de bebezão, por ser meu filho caçula. Quando mandava mensagem para ele, dizia: Meu filho tu és um dos presentes que Deus me deu. Meus filhos são tudo na minha vida e eu os amo. Tudo que posso fazer por eles, eu faço e farei. Tiago agora está nos braços do Senhor. Tenho certeza que de lá ele olha por nós”, confessou a mãe. 

A irmã de Tiago, Jacimara de Deus Melo Thakeshita disse que acompanha as investigações pelas mídias, sem ter ainda muita ciência do que realmente aconteceu para o desfecho trágico. “É um choque emocional e nós queremos justiça. A esposa dele teve que vim a Parintins e ela quem estava com ele. Ela vai ter que voltar a Manaus e esclarecer. Foi tudo tão rápido que ela teve fazer outras coisas, ir ao Instituto Médico Legal (IML), resolver as questões de liberação do corpo, exame de corpo de delito, porque ela ficou machucada”, afirmou. 

Segundo ela, a família espera o fim do inquérito para se ter a apuração concreto dos fatos. “Estamos ainda alienados, sem saber realmente o que que houve. A gente só sabe que ele tocou no carro, ia subir no muro, pegou a chave onde estava pra abrir o portão, quando voltou já estavam batendo na mulher dele, ele foi defender a mulher. Nós queremos saber o que realmente aconteceu. Neste momento nos sentimos impotentes, porque alguém se entregou e saiu dessa forma. Esperamos passar esse momento de dor e não temos como falar agora com a esposa”, pronunciou Jacimara de Deus. 

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