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E o meme se mantém vivo após mais de 14 anos. Depois de Kamala Harris perder as eleições americanas para Donald Trump, os internautas não perderam tempo em achar um culpado: Mick Jagger, que ganhou fama de sempre torcer pelo lado derrotado da história, seja no esporte ou na política. O artista foi apontado como “pé gelado” no X, antigo Twitter, e virou um dos assuntos mais comentados do microblog.

Para quem não se lembra, o vocalista da banda Rolling Stones decidiu assistir alguns jogos da Copa do Mundo da África, em 2010. Acontece que os times pelos quais torceu perderam, incluindo o Brasil. Por conta disso, o cantor ganhou fama de “pé frio” e virou meme por algum tempo.

E desta vez não foi diferente. Os usuários da rede social recordaram que, durante a campanha eleitoral, Mick Jagger publicou fotos ao lado dos filhos pedindo voto para a rival de Trump. Na legenda, o cantor contou que toda sua família apoiava a candidata do partido democrata: “Não esqueça de votar. As crianças Jagger estão votando em Kamala Harris”.

Por conta disso, os internautas se divertiram: “Alguém sempre tem que ser culpado, pode apostar! Se bem que teve aquela foto dela com o Mick Jagger, isso tem um peso relevante, não duvide!”, disse um. “Já descobri porque Trump ganhou…. Mick Jagger é o maior pé gelado da história kkkkkkkkkk”, apontou outro. “Obrigada, Mick Jagger, você fez a diferença 😂😂😂😂”, escreveu uma terceira. “Admita, nada de Elon Musk, esse foi o grande herói dessas eleições. Obrigado, Mick Jagger 😅😅”, afirmou mais um.

Donald Trump é eleito

Após quatro anos fora do cargo, Donald Trump voltará à Casa Branca para ser o 47º presidente dos Estados Unidos, segundo indicam projeções da Associated Press (AP) e da CNN. A definição aconteceu às 7h35 desta quarta-feira (6/11), horário de Brasília.

O bilionário de 78 anos superou, segundo esses dados, a candidata do Partido Democrata, Kamala Harris, ao atingir a maioria dos 538 delegados do Colégio Eleitoral. Trump está com 277 delegados, dos 270 necessários, e Kamala com 224.

Trump garantiu a eleição ao ganhar em Wisconsin, estado-pêndulo em que Kamala era favorita, e chegar a 277 delegados no Colégio Eleitoral – 7 a mais do que o necessário.

Antes mesmo do anúncio oficial da vitória, mas quando a projeção dos resultados das urnas já mostrava que sua eleição estava assegurada, Trump e seu companheiro de chapa, J.D. Vance, discursaram para apoiadores em Mar-a-Lago, Flórida. “Teremos a era de ouro dos EUA, que nos permitirá tornar a América grande novamente”, disse.

No “discurso da vitória”, após agradecer a todo o público pelo apoio e pelos votos, Trump, ao lado da esposa, Melania, ressaltou que “esse foi o maior movimento político, nunca antes visto na história deste país”.

“Vamos ajudar o nosso país a ser recuperar, vamos resolver as nossas fronteiras e todos os outros problemas do nosso país. Superamos obstáculos que não achavam possíveis, e olha só o que aconteceu? Não é uma loucura? Mas é uma vitória política nunca antes vista no nosso país.”

Trump prometeu lutar por toda a América e repetiu seu bordão: “Para todos os cidadãos, lutarei por você, por sua família, com cada fibra do meu corpo, até que tenhamos a América que queremos, teremos a era de ouro dos EUA, que nos permitirá tornar a América grande novamente”.

Kamala se recolheu

Quando a eleição do adversário já se mostrava irreversível, a democrata Kamala Harris informou que não faria nenhum discurso na madrugada desta quarta, pois aguardaria “todos os votos serem contados”. Às 4h25, horário de Brasília, a Associated Press (AP) projetou a vitória de Donald Trump ao alcançar 257 delegados, contra 224 de Kamala.

Apoiadores de Kamala Harris estavam reunidos na Universidade Howard, em Washington DC, faculdade onde Kamala se formou, esperando a vice-presidente dos EUA se pronunciar. No entanto, a campanha da democrata anunciou que o discurso será adiado, “em uma mensagem ainda otimista”.

Biografia polêmica

Donald John Trump, de 78 anos, líder do Partido Republicano, foi o 45º presidente do país, entre 2017 e 2021, disputou a vaga, novamente, agora contra a democrata Kamala Harris, após uma série de polêmicas e reviravoltas nos últimos anos.

O empresário nova-iorquino tem biografia recheada de episódios marcantes, que vão da vida empresarial à TV, dos problemas de disciplina na escola até se tornar um dos líderes políticos mais importantes do mundo. Trump nasceu em 14 de junho de 1946, no coração da movimentada Nova Iorque. Ele é o segundo de cinco filhos do casal Fred Trump e Mary MacLeod.

Desde cedo, a personalidade controversa do magnata fez-se presente em sua vida. Ele enfrentou problemas na escola, por se envolver em brigas constantes, a ponto de deixar o local e só concluir os estudos na Academia Militar de Nova York. Integrante de uma família já bem-sucedida no ramo imobiliário, Trump estudou, ainda, entre 1966 e 1968, na Escola de Negócios Wharton, na Pensilvânia, uma das melhores do mundo.

A preparação financiada pelo pai objetivava a entrada futura do filho nas empresas. Aos 25 anos, o jovem Trump assumiu o comando da imobiliária da família, que passou a se chamar The Trump Organization. Dois anos depois, em 1973, o Departamento de Justiça dos EUA processou a companhia por discriminação racial, por recusar imóveis a pessoas negras. O caso terminou em acordo judicial.

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