Em 20 de fevereiro, a Agricultura emitiu um comunicado afirmando que “todas as medidas” estão sendo adotadas pelo governo brasileiro.
“Todas as providências estão sendo adotadas imediatamente em cada etapa da investigação, e o assunto está sendo tratado com total transparência para garantir aos consumidores brasileiros e mundiais a qualidade reconhecida da nossa carne”, ressaltou o ministro Carlos Fávaro em nota.
A fim de contornar a crise após a vaca louca no Pará, o ministro recebeu, em seu gabinete, o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao. “Estamos trabalhando com total transparência e agilidade nas informações sobre o caso de EEB (vaca louca) no Brasil e trataremos todos os nossos parceiros comerciais com máximo respeito”, escreveu em suas redes sociais.
A vaca louca
Em 2021, por mais de 100 dias, o Brasil deixou de exportar carne bovina para a China. À época, o governo havia comunicado dois casos atípicos da doença em Mato Grosso e Minas Gerais.
Os animais podem ser contaminados espontaneamente, entre vacas mais velhas, ou por meio de rações feitas com proteína animal contaminada, como farinha de carne e ossos de outras espécies. No Brasil, é proibido o uso desse tipo de ingrediente na fabricação de ração para bovinos.
A doença recebeu essa denominação por provocar comportamento estranho nos bovinos. Entre as manifestações observadas, destacam-se as reações exageradas a estímulos externos, a dificuldade de locomoção e o nervosismo.
Em humanos, a ingestão de carne contaminada é caracterizada pela rápida deterioração mental, geralmente dentro de alguns meses. A maioria das pessoas, eventualmente, entra em coma.