Uma missão de 12 especialistas do Ministério de Saúde congolesa chegou nesta quinta-feira a Beni, a cidade do nordeste da República Democrática do Congo (RDC) mais próxima a Mangina, onde ontem foi declarado um novo surto de ebola, enquanto a população já começou a fugir para outras zonas.

O ministro de Saúde congolês, Oly Ilunga, anunciou ontem, só oito dias depois de declarar o fim da epidemia na região do Equador (noroeste), um novo surto no Kivu do Norte com 26 casos de febre hemorrágica e 20 mortes, embora só foram analisadas seis amostras, das quais quatro testaram positivas para ebola.

O ministério já deslocou uma equipe composta por técnicos de laboratório, epidemiologistas, psicólogos clínicos e médicos para que se encarreguem da resposta médica.

Além disso, começou a instalação de laboratórios móveis para fazer frente ao 10° surto da doença no país.

A população, por sua vez, começou a fugir da região para outras zonas e inclusive para Uganda, cuja fronteira está a apenas 50 quilômetros.

“Efetivamente, a população começou a fugir não só para Uganda, mas para outros territórios contíguos”, disse à Agência Efe o porta-voz do Governador regional Hope Sabini, que pediu que os deslocamentos seja limitados para evitar a propagação da doença.

Kivu do Norte é uma das regiões congolesas mais afetadas pela violência no país.

Por isso, o ministério anunciou ontem que o Executivo iniciará dispositivos de segurança para “garantir a proteção” dos agentes de saúde desdobrados e dos habitantes da zona.

O último surto de ébola nesta vasta nação da África Central havia sido declarado em 8 de maio, e até seu final em 24 de julho, foram contabilizados 54 casos totais (38 confirmados e outros 16 prováveis), dos quais 33 pessoas morreram (17 confirmados) e 21 sobreviveram.

“Não há nenhuma indicação de que estas duas epidemias, separadas por mais de 2,5 mil quilômetros, tenham vínculos”, explicou o ministro. (EFE)

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