O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira, 19, o pedido da defesa de Jair Bolsonaro (PL) para a concessão de prisão domiciliar, mas autorizou a realização de uma cirurgia para tratar uma hérnia inguinal. A decisão foi tomada após a Polícia Federal encaminhar ao STF o resultado de uma perícia médica que confirmou a necessidade do procedimento.

Segundo o laudo médico elaborado pela Polícia Federal, Bolsonaro apresenta hérnia inguinal bilateral e precisa passar por intervenção cirúrgica. O documento aponta ainda que houve uma “piora progressiva” no quadro clínico do ex-presidente.

O relatório detalha as possíveis causas do agravamento do problema. De acordo com o texto, a condição pode estar relacionada ao “aumento da pressão intraabdominal decorrente dos soluços e da tosse crônica”, o que teria intensificado o quadro de saúde.

A defesa de Bolsonaro já havia informado ao STF, no dia 9 de dezembro, que o ex-presidente necessitava de uma cirurgia imediata. Diante da alegação, Alexandre de Moraes determinou, dois dias depois, a realização de uma perícia médica pela Polícia Federal para verificar a veracidade e a urgência do pedido.

Mesmo com a autorização para o procedimento cirúrgico, Moraes decidiu manter a prisão preventiva. Bolsonaro está preso desde 22 de novembro de 2025, por determinação do próprio ministro, no âmbito das investigações conduzidas pelo Supremo.

A decisão reforça a linha adotada por Moraes de separar as garantias relacionadas à saúde do investigado da análise jurídica sobre a manutenção da prisão, que segue em vigor enquanto o processo tramita no STF.

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