
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), autorizou o suplente da deputada Carla Zambelli (PL-SP), Missionário José Olímpio (PL-SP), a fazer mudanças de pessoal no gabinete deixado pela parlamentar, que segue presa na Itália.
Em ato da mesa diretora da Casa, Motta diz que concedeu a autorização “em caráter excepcional”, diante da “necessidade de reestruturação de equipe de apoio indispensável ao adequado desempenho das funções legislativas”.
A Câmara proíbe que suplentes façam alterações no quadro de funcionários dos gabinetes herdados pelos titulares. Olímpio está na Câmara desde março deste ano, quando assumiu a suplência de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e, depois, de Zambelli.
Condenação e pedido de cassação
Zambelli, que estava foragida da Justiça desde que deixou o Brasil, em maio, foi condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) junto ao hacker Walter Delgatti. Os ministros também determinaram que ela perca o mandato. No entanto, a decisão precisa ser oficializada pela Câmara.
O presidente da Câmara encaminhou a cassação para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde a relatoria ficou a cargo do deputado federal Diego Garcia (Republicanos-PR). Depois de passar pela CCJ, o parecer de Garcia deverá ser votado pelo plenário da Câmara para tornar a perda de mandato definitiva.
Mais cedo, a comissão comandada por Paulo Azi (União Brasil-BA), ouviu o depoimento de Delgatti. Zambelli participou da sessão de forma remota, em uma prisão italiana. Visivelmente abalada, a deputada chorou durante falas de aliados e questinou a sanidade do hacker, que reforçou ter invadido o sistema da Justiça a pedido da deputada.
Com informações de Metrópoles.










