
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) abriu, neste sábado (25), uma investigação para apurar o caso do bebê prematuro declarado morto pela equipe da Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco, e encontrado com vida minutos antes do sepultamento. O caso ganhou grande repercussão no Acre e no Amazonas, já que a mãe da criança é amazonense, natural do município de Pauini, e buscava atendimento médico na capital acreana. O MPAC atua para garantir transparência e responsabilização diante da gravidade dos fatos.
Por meio da 1ª Promotoria Especializada de Defesa da Saúde, o MPAC informou ter oficiado a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) e a própria maternidade, solicitando detalhes sobre os procedimentos adotados desde o parto até a constatação errônea do óbito.
O órgão destacou que a investigação busca apurar possíveis falhas médicas e administrativas que permitiram que o recém-nascido fosse encaminhado para uma funerária e quase enterrado vivo.
Segundo informações divulgadas pela imprensa local, o bebê — filho de um casal natural de Pauini (AM) — havia nascido prematuro na sexta-feira (24). Após o parto, os pais foram informados de que a criança não havia resistido e o corpo foi liberado para uma funerária particular. Já na manhã seguinte, durante a cerimônia de sepultamento no Cemitério Morada da Paz, uma parente decidiu abrir o caixão e percebeu que o bebê estava vivo e chorando.
Contexto do caso
O caso mobilizou equipes policiais, autoridades de saúde e o próprio governador do Acre, Gladson Cameli (Progressistas), que determinou o afastamento imediato da equipe médica responsável pela verificação do óbito e uma investigação minuciosa conduzida pela Sesacre.
O bebê, identificado como José Pedro, permanece internado na UTI neonatal da Maternidade Bárbara Heliodora, recebendo cuidados intensivos após ser encontrado com sinais de hipotermia.
Posicionamento do MPAC
Em nota oficial, o Ministério Público reafirmou o compromisso de garantir a apuração rigorosa do caso:
“Diante da gravidade dos fatos noticiados, o MPAC atua para assegurar que todas as circunstâncias sejam devidamente esclarecidas, bem como para apurar responsabilidades e adotar as medidas cabíveis”, destacou o órgão.
O documento, assinado em Rio Branco neste sábado (25), reforça que o caso é acompanhado com prioridade pela Promotoria de Saúde, que manterá diálogo direto com a Sesacre e a direção da maternidade para obter relatórios detalhados e depoimentos dos profissionais envolvidos.
Situação atual
Até o início da noite deste sábado, o recém-nascido seguia internado em estado delicado. A família, abalada com o ocorrido, recebe acompanhamento psicológico e assistência social.
A Polícia Civil do Acre também conduz uma investigação paralela, e os resultados preliminares devem ser compartilhados com o Ministério Público nos próximos dias.










