O Ministério Público Eleitoral, representado pelo procurador Edmilson Barreiros Júnior, pediu a cassação de registro e diploma de de Adail Filho Mayara Pinheiro, e Thiago Abrahim por infração à lei das eleições. A representação foi apresentada no dia 8 deste mês ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), ao juiz auxiliar eleitoral.
Entre as várias acusações apresentadas em três ações pelo MPE, Adail Filho, Mayara e Thiago são acusados de usarem bens das prefeituras de Tefé, Itacoatiara e Coari, para impulsionar suas candidaturas pelo interior do estado antes e durante o período permitido pela legislação.
Tanto Adail e Mayara são acusados de usarem um avião alugado pela Prefeitura de Coari para fazer viagens pelo interior do Amazonas.
O prefixo do avião usado por Adail e Mayara Pinheiro para fins eleitoreiros, segundo o MPE, é PX-CTX.
Adail, Mayara e Thiago são acusados, ainda, de serem beneficiados com ações promovidas pela Prefeitura de Itacoatiara, que é comandada por Mário Abrahim, pai de Thiago.
No mês de abril, por exemplo, na Colônia de Pescadores, Adail Filho e Thiago Abrahim, com a presença do prefeito de Itacoatiara, distribuíram bens e materiais – malhadeiras, isopor, motor rabeta – em troca de apoio político.
O MPE pede, também, o afastamento do sigilo bancário de Adail e Mayara, no período de março e agosto deste ano, a quebra do sigilo fiscal referente ao ano 2021, e uma perícia para apontar o valor estimado mais aproximado dos gastos reais no período de pré-campanha.
O expressivo número de viagens por mais de 30 municípios, além de pessoas ligadas à campanha e não declaradas, veículos e abastecimentos não contabilizados, distribuição de bens e materiais, camisetas com nome dos candidatos e aluguel de aeronaves, estão entre os motivos que ensejaram o pedido de quebra do sigilo fiscal.
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