Após recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Meta, controladora do Facebook e do Instagram, implementou medidas para combater o comércio ilegal de mercúrio em suas plataformas. A empresa informou que removeu anúncios identificados e adotou mecanismos de monitoramento para evitar a publicação de novos conteúdos relacionados à venda da substância.

Além disso, a Meta reforçou suas políticas de uso, proibindo explicitamente a promoção de produtos que violem legislações ambientais ou de saúde. Segundo o MPF, uma ampla varredura nas plataformas digitais confirmou a remoção dos anúncios irregulares, destacando o avanço na proteção da Amazônia e no enfrentamento ao garimpo ilegal.

Contexto da ação

A recomendação foi expedida pelo 2º Ofício da Amazônia Ocidental, setor responsável pelo combate ao garimpo e à mineração ilegais. O MPF identificou anúncios que promoviam a venda de mercúrio, substância altamente tóxica amplamente utilizada em garimpos ilegais na Amazônia para extração de ouro.

De acordo com o órgão, o uso irregular do mercúrio causa graves danos ambientais e representa um risco significativo à saúde pública, impactando especialmente comunidades indígenas e ribeirinhas da região. O MPF destacou que o comércio dessa substância viola legislações ambientais e sanitárias.

Importância da medida

A atuação do MPF marca um avanço importante no combate ao garimpo ilegal, que é uma das principais causas de desmatamento e poluição na Amazônia. A recomendação ao Facebook reforça a necessidade de que plataformas digitais sejam proativas na identificação e remoção de conteúdos que promovam atividades ilícitas.

O MPF ressaltou a importância da parceria com empresas de tecnologia para impedir que a internet seja usada como ferramenta para práticas ilegais, contribuindo para a preservação do meio ambiente e a proteção das populações vulneráveis.

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