
Uma mulher, de 64 anos, foi resgatada em situação análoga à escravidão em Itabuna, no sul da Bahia. A vítima é uma trabalhadora doméstica e morava com uma mesma família por mais de 50 anos, tendo passado de uma geração para outra trabalhando sem receber qualquer remuneração pelos serviços.
De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT-BA), que divulgou o resgate nesta segunda-feira (25/8), a trabalhadora sofria maus-tratos, e não podia sair de casa. A idosa é pensionista do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e tinha os valores retirados mensalmente pela família, que se apropriava do dinheiro sem qualquer repasse.
A trabalhadora era mantida em situação insalubre, sendo encontrada sem nenhum dente e sem tratamento de saúde adequado às suas necessidades. O resgate faz parte da atuação contínua da Auditoria Fiscal do Trabalho na promoção do trabalho digno no Brasil, defendendo a dignidade humana e assegurando o cumprimento da legislação trabalhista em todas as relações laborais.
Além do resgate, a equipe também fez fiscalizações de trabalho doméstico em condomínio de apartamentos da cidade com o intuito de verificar o cumprimento das obrigações trabalhistas por empregadores que utilizam os serviços de trabalhadoras do cuidado, como babás, cozinheiras, arrumadeiras, cuidadores de idosos ou motoristas, entre outras funções.
Ações fiscais envolvendo trabalhadoras do cuidado, como as empregadas domésticas, tem sido feitas de maneira regular em Salvador e vêm sendo estendidas a todo o interior do estado da Bahia. Denúncias Casos de trabalho análogo à escravidão podem ser denunciados de forma anônima e segura por meio do Sistema Ipê.
Com informações de Correio 24 horas.










