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São Paulo — Uma mulher identificada como a comissária de voo Caroline Silva de Almeida Morales, de 30 anos, que foi encontrada morta no último sábado (5/4) em sua casa em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, foi assassinada um dia depois de ter cancelado o casamento com Vinicius Sodré Rodrigues, de 33 anos.

O noivo, que foi apontado como autor do crime, também foi encontrado morto no imóvel em que os dois dividiam desde dezembro de 2024. O caso foi registrado como feminicídio e suicídio.

Caroline e Vinícius iam se casar em 12 de abril de 2025, afirmaram familiares da vítima ao Metrópoles. Segundo eles, Vinícius não era um cara violento fisicamente, mas era extremamente possessivo. “Ele queria ir no banheiro com ela para não deixá-la sozinha. Ela não podia ir pegar um copo de água, que ele que ia”, disseram.

Na sexta-feira (4/4), o casal teria tido uma discussão, que era mais um debate, onde Caroline expôs que queria terminar. Eles se acertaram após a briga e foram dormir. Os familiares explicaram que, antes mesmo de a comissária querer por um fim no relacionamento, Vinícius já queria ir embora para São Paulo, onde estava participando da seleção de uma vaga de emprego. Em mensagens no celular de Sodré de sexta-feira de manhã, antes da briga, há conversas com o dono da loja que vendeu a aliança para ele, perguntando como ele podia fazer para devolver o anel.

“Eles foram dormir tranquilos, ele não deu indícios de nada. Durante a madrugada, ele acordou e praticou o crime, sufocando a Caroline enquanto ela dormia, foi até a padaria [que era do casal], botou uma placa de luto de luto lá e voltou pra casa e se enforcou”, explicaram os parentes da vítima.

Caroline teria decidido terminar o noivado por causa do excesso de possessão que Vinícius tinha por ela. Ele vivia a sufocando, era grudento e pegajoso, segundo a família dela. Ela, então, achou melhor o casal não prosseguir com a união e dar “mais tempo ao tempo”, para verem como as coisas seriam dali para frente. “Ela se envolveu muito rápido e, quando percebeu que aquilo estava ficando fora de controle, foi tentar recuar”.

Morales já havia comprado vestido e sapato para a cerimônia. Ela não chegou a conseguir cancelar o compromisso de sábado, mas havia informado para Vinícius que o casamento não aconteceria.

De acordo com os parentes, o autor do crime trabalhava no Aeroporto de Bragança antes de adquirir a padaria. Colegas de trabalho o apontavam como uma pessoa deprimida. “Ele veio de São Paulo, então a gente não sabe ao certo como era o psicológico dele lá, como era a relação dele no antigo casamento, com a antiga família, com a antiga esposa. É uma incógnita”, lamentaram.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Civil investiga o caso, que foi registrado na Delegacia de Bragança Paulista. Com informações de Metrópoles.

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