A mulher presa em flagrante na segunda-feira (17/10) pelo crime de estelionato por pagar por uma plástica com Pix falso, na Savassi, em Belo Horizonte, participou da audiência de custódia do caso. Ela responderá pelo crime em liberdade, mas deve seguir medidas cautelares determinadas em juízo.

A investigação do caso teve início na última sexta-feira (14/10), quando uma médica especializada em cirurgia plástica a denunciou. A profissional relata que, em 30 de agosto deste ano, a suspeita passou por atendimento pré-cirúrgico on-line para realizar a plástica, uma colocação de silicone nos seios.

O golpe do ‘Pix falso’

A mulher disse ter feito o pagamento, via Pix, no valor de R$ 34.386, referente ao procedimento, hospital, anestesia e outros gastos acordados. A médica conta que ela apresentou comprovantes, mas que não conferiu a entrada dos valores na conta da empresa. No mês seguinte, a surpresa: depois de realizada a cirurgia, o setor financeiro da clínica informou que o valor não havia sido creditado na conta combinada, deixando a suspeita de que o Pix era falso, assim como o comprovante.

A suspeita teria uma nova consulta na clínica, o que foi informado pela médica à Polícia Civil. Na ocasião, ela passou uma consulta de pós-operatório e aplicação de botox. Ao acertar o valor referente ao botox, a mulher novamente enviou um comprovante falso, o que a fez ser presa em flagrante pelos agentes.

Outras ocorrências de estelionato foram encontradas em nome da mulher em diversas cidades mineiras, e também em outros estados.

Medidas cautelares

Natural de Viçosa, na Zona da Mata mineira, a mulher responderá pelo crime em liberdade provisória sem fiança. No entanto, está proibida de deixar a cidade em que mora e deve comparecer a todos os atos do inquérito e ação penal. Ela também deve cumprir recolhimento domiciliar, nos dias de semana das 20h às 6h, e aos fins de semana, sábado, domingo e feriados, em período integral, pelo prazo de seis meses.

Por fim, a juíza Juliana Baretta Kirche Ferreira Pinto determinou que ela também seja monitorada eletronicamente para garantia do cumprimento do recolhimento domiciliar. A mulher também deve manter distância mínima de 500 metros da médica que atendeu, além de evitar qualquer tipo de contato com ela, inclusive por meios digitais como WhatsApp e redes sociais.

Artigo anteriorCorpo de Emílio Santiago será exumado para passar por exame de DNA
Próximo artigoCom 1 segundo de tempo na televisão, eleição de Amon repercute nos principais veículos de comunicação