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Preso desde 20 de janeiro acusado de estuprar uma mulher em Barcelona, Daniel Alves poderá ser condenado a nove anos de prisão, se a justiça espanhola acatar o pedido do Ministério Público. Um documento anexado ao processo detalha a noite do crime, 30 de dezembro de 2022, através do depoimento da vítima. Ela relata que ficou com falta de ar pelos momentos de “angústia e terror” que o brasileiro a fez passar. As informações são do programa de rádio espanhol Y Ahora Sonsoles.

Segundo o documento, a mulher contou que estava na boate Sutton, em Barcelona, com sua prima e uma amiga quando foi convidada por Daniel Alves e seu amigo para ir para uma área privada do local. Por insistência da dupla, elas acabaram indo para lá, e foi quando as agressões sexuais começaram. A mulher relata que o jogador “a abraçou e se aproximou” dela, e por duas vezes colocou a mão da vítima em seu pênis. Ela conta que rapidamente tirou a mão ao “perceber as intenções” do ex-jogador.

Já às 3h20 da madrugada, Daniel Alves foi para outro local da boate e chamou a mulher para ir junto, mas segundo o documento ela não tinha conhecimento de que era um local fechado. Quando chegou lá, o brasilero a colocou dentro de uma cabine do banheiro e fechou a porta, impedindo que ela saísse quando pediu. Ela afirma que ele “começou a tocá-la com entusiasmo lascivo e uma clara intenção de satisfazer seus desejos sexuais”.

Em seguida, o documento narra que o brasileiro se sentou no assento do vaso sanitário e a agarrou com força pela cintura, em uma atitude “depreciativa” em relação a sua resistência. Ele então tirou a calça, puxou o cabelo da mulher, a fez cair de joelhos e bateu repetidamente no rosto da vítima, enquanto exigia que ela falasse que era “a p*tinha dele”.

Apesar da insistência da mulher de sair do banheiro, Daniel Alves não apenas impediu, como também sua atitude “violenta” fez com que ela se sentisse “pressionada e sem capacidade de reação, chegando a sentir falta de ar pela situação de angústia e terror que estava vivendo”.

O documento também relata que o brasileiro passou a mão em seu corpo e tentou praticar sexo oral na mulher, mas não conseguiu, e depois realizou penetração vaginal sem preservativo. Daniel Alves saiu “imediatamente depois” do banheiro e deixou ali a vítima, que foi procurar sua prima para deixar o local. Na saída, ela começou a chorar e foi atendida por um segurança da boate, que ativou o protocolo de agressão sexual e deu início aos procedimentos de cuidado com a vítima e denúncia do crime.

No momento em que o segurança acolhia a vítima, Daniel Alves e seu amigo saíram do local “rapidamente”, sem falar com a vítima e sua prima apesar de ter as encontrado rumo à saída. Todos esses fatos — bem como os exames periciais que apontam a presença do sêmen do jogador no banheiro e no corpo da mulher, além de escoriações no joelho, e também o fato de que Daniel Alves contou cinco versões diferentes sobre o que aconteceu na noite — fizeram o Ministério Público espanhol solicitar que o lateral seja condenado a nove anos de prisão.

O pedido também inclui uma indenização 150 mil euros (equivalente a mais de R$ 797 mil) à vítima que, segundo o MP, sofre de “um transtorno de estresse pós-traumatico de intensidade globalmente elevada, com repercussão funcional e deterioração de várias áreas de funcionamento”. Desde 30 de dezembro, a mulher faz tratamento psiquiátrico com uso de remédios.

Com informações de: O Globo

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