Agentes da Polícia Federal apreenderam fuzil com mira telescópica (Foto: Divulgação)

Após passar a noite no presídio, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) passou por audiência de custódia nesta segunda-feira (24/10), na qual a prisão em flagrante foi mantida pela Justiça.

Em depoimento à Polícia Federal, ele disse que “deu aproximadamente 50 tiros 5.56mm, fuzil, de marca Smith Wesson, no carro” da PF e que “jogou três granadas uma na frente da viatura da Federal, uma atrás da viatura quando os policiais saíram e uma dentro da casa para assustar o policial federal que estava dentro da residência”.

No entanto, ele diz que “não atirou para matar”. “Se quisesse, matava os policiais, pois estava em posição superior e com fuzil na mira”, diz trecho do depoimento.

O procedimento foi conduzido pelo juiz auxiliar do gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, desembargador Airton Vieira. A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro confirmou a manutenção da prisão.

No depoimento, Roberto Jefferson disse que todas as armas dele são registradas no Exército e que, atualmente, tem de 20 a 25 armas, mas que já teve mais de 100 quando morava em Petrópolis-RJ. O ex-deputado disse também que “já foi humilhado três vezes anteriores com ações da Polícia Federal em cumprimento de decisão do Min. Alexandre de Moraes e Edson Fachin” e que “não tem crime e não tem rabo preso”.

Jeferson disse ainda que “recebeu tiro do policial mais velho e magro que pulou o portal da casa, que recebeu tiros dele e mirou nele com a reddot do seu fuzil, mas optou por não atirar”.

O ex-deputado foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por quatro tentativas de homicídio. Durante o tumultuado cumprimento do mandado de prisão no domingo (23/10), dois agentes foram feridos com estilhaços e outros dois, que estavam em uma viatura que foi alvo de disparos, não chegaram a ser atingidos.

Jefferson se entregou no início da noite de domingo após oito horas de descumprimento da ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda no sábado. O parlamentar recebeu a balas os policiais que foram até a cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro, para cumprir um mandado de prisão. Na chegada dos agentes, por volta das 11h, Jefferson jogou três granadas e deu tiros de fuzil. (Correio Braziliense)

Artigo anteriorAo contrário de Alexandre de Moraes, Beto Simonetti defende que Roberto Jefferson possa receber advogado
Próximo artigoMitos e verdades sobre o Câncer de Mama