O joalheiro Carlos Rodeiro, foi intimado pela Polícia Federal para reconhecer se as joias apreendidas na casa da desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago, ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), são dele. A informação é da coluna de Bela Megale, no jornal O Globo.

A ex-presidente é investigada na operação Faroeste, que apura um esquema de vendas de decisões no âmbito do Judiciário baiano. A desembargadora foi afastada de suas atividades e presa preventivamente na penitenciária da Papuda, em Brasília.

Ainda segundo a jornalista, os investigadores querem que Rodeiro esclareça quem pagou pelas joias, apresentando notas fiscais e comprovantes de pagamento. A hipótese da PF é que Rodeiro teria colaborado na lavagem de dinheiro feita pela desembargadora. No relatório, a polícia destaca que uma das caixas de joias possuía a marca do joalheiro. Rodeiro foi intimado pessoalmente para depor.

Em nota, a assessoria do joalheiro afirmou que ele prestou depoimento no dia 7 de dezembro. Segundo o texto, Rodeiro reconheceu as poucas jóias – de prata e banhadas a ouro – que foram adquiridas na sua loja e apresentou todas as notas fiscais, referente as mesmas.

Maria do Socorro e outros três desembargadores – José Olegário Monção Caldas, Maria da Graça Osório Pimentel e Gesivaldo Nascimento Britto – foram denunciados pela Procuradoria Geral da República (PGR) por suspeita de participação em um suposto esquema de venda de decisões judiciais para legitimar a posse de terras obtidas por grileiros do Oeste.

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