Aline Massuca/ Metrópoles

Rio de Janeiro – O vereador Gabriel Monteiro (PL) foi recebido ao som de gritos, vaias e palavras de ordem quando entrou no plenário, na tarde desta quinta-feira (18/8): “Estuprador não pode ser vereador”, gritavam os manifestantes.

O futuro de Gabriel Monteiro pode ser definido nesta quinta, quando a Câmara dos Vereadores decidirá a favor ou contra a cassação do ex-PM e youtuber.

Enquanto o relator do Conselho de Ética Chico Alencar terminava sua fala, o público dava continuidade às manifestações. “Você não tem vergonha, por isso não olha para cá. Covarde”, gritou uma mulher.

Entre o público estava Luiza Batista, ex-assessora de Gabriel Monteiro, que o acusa de assédio sexual: “Espero que os vereadores não cedam à pressão e tragam moralidade para a Câmara dos vereadores. A gente precisa, né?”, disse.

Gabriel Monteiro é acusado de infração ética e quebra de decoro parlamentar após as diversas denúncias de estupro, exposição de crianças e crime sexual devido à divulgação de um vídeo íntimo com uma adolescente de 15 anos.

“É um dever de todos os vereadores e vereadoras dessa Casa de leis dar uma resolução para esse caso. Mais do que o discurso, o que vale é o voto. Esse é um momento histórico e gritos histéricos não vão interrompê-lo. A não aprovação do projeto que determina a perda do mandado do vereador Gabriel Monteiro seria uma contribuição para a perpetuação da cultura do estupro e do patriarcado presente em nosso estado”, disse Chico Alencar.

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