Pelo menos 39 migrantes clandestinos morreram nesta terça-feira (9) em dois naufrágios na costa da Tunísia e mais de 160 outros, de diferentes países africanos, foram resgatados.
Esses candidatos ao exílio haviam partido durante a noite para tentar chegar ilegalmente à Europa. Foram avistados pela guarda costeira na costa de Sfax, no leste da Tunísia.
A Guarda Nacional Marítima da Tunísia resgatou 165 migrantes e recuperou 39 corpos, de acordo com o último relatório divulgado pelo Ministério da Defesa.
Pelo menos nove mulheres, quatro crianças e um homem morreram, informou à AFP o porta-voz da Guarda Nacional, Houcem Eddine Jebabli, acrescentando que as buscas “ainda estão em andamento para encontrar outros sobreviventes e corpos”.
O último ano foi marcado por um aumento de partidas desse tipo no Mediterrâneo central, a rota migratória mais mortal do mundo para candidatos ao exílio na Europa.
As embarcações continuam zarpando todos os dias, apesar das difíceis condições climáticas.
Entre 1º de janeiro e 21 de fevereiro, 3.800 migrantes chegaram ilegalmente à Itália por mar, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), incluindo quase mil via Tunísia e 2.500 via Líbia.
Em 2021, “continua o aumento das partidas” a partir da Tunísia, ressalta Romdhane Ben Amor, do Fórum Tunisino de Direitos Econômicos e Sociais.
Esta ONG tunisina contabilizou 94 barcos interceptados desde o início deste ano e 1.736 pessoas detidas antes de embarcarem, aproximadamente o dobro em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Como costuma acontecer no inverno, quando a travessia é mais perigosa e um pouco mais barata, a proporção de migrantes estrangeiros é relativamente alta.
Em janeiro e fevereiro, 54,9% das pessoas detidas vinham da África Subsaariana, de acordo com a ONG.







