Às vésperas da comemoração do Dia das Mães, o Instituto Olinto Marques de Paulo (OMP), entidades médicas e organizações da sociedade civil reforçam a campanha permanente de conscientização sobre a SAF, ou Síndrome Alcoólica Fetal. A SAF é uma doença pouco conhecida e de difícil diagnóstico, caracterizada por uma série de manifestações físicas, comportamentais, emocionais, sociais e de aprendizagem, especialmente na criança.

Por esse motivo, o Instituto OMP e a Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP) trazem uma série de alternativas para que mães, tentantes e demais pessoas que optem por uma comemoração sem álcool possam comemorar esta data sem deixar de saborear bebidas deliciosas.

Confira abaixo algumas opções e surpresas neste dia 10.

SAF no Brasil

No Brasil, não há dados oficiais, mas estudo realizado na periferia de São Paulo aponta que 38 a cada 1.000 nascidos sofriam de algum transtorno relacionado ao uso de álcool pela mãe. Este número pode ser ainda maior, visto que estimativas indicam que pelo menos 1% das crianças afetadas são causadas.

Segundo Sara Assis, coordenadora de desenvolvimento institucional do Instituto OMP, “a principal causa da SAF é o consumo de álcool na gravidez, prática observada em cerca de 15% das gestantes, totalizando mais de 450 mil mulheres no Brasil”.

 

Os riscos da SAF

Beber durante a gestação pode aumentar o risco de alterações no feto em até 65 vezes e não se infectar até hoje limites seguros para o consumo de bebidas alcoólicas ao longo de toda a gravidez, explica a médica ginecologista e obstetra Dra. Rosiane Mattar, Diretora Científica da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP).

“A SAF pode acarretar vários tipos de malformações congênitas e não há nível seguro para o consumo de bebidas alcoólicas na gestação. Por isso, a recomendação é evitar qualquer tipo e quantidade de bebida alcóolica”, alerta.

A exposição do feto ao álcool ingerido pela mãe ao longo da gravidez, explicada pela Dra. Rosiane, pode trazer malformações visuais, neurológicas, cardíacas e renais, acarretando problemas físicos, como deformidades na face, dedos e juntas, restrição de desenvolvimento em crânios e cérebro, crescimento lento, problemas de visão e audição, malformações em rins, coração e ossos.

“O diagnóstico precoce da doença e a instituição de tratamento ainda na infância podem abrandar as manifestações da SAF, mas não há primeira como reverter os efeitos da ingestão materna de bebidas alcoólicas durante a gestação, pois a SAF não tem cura. Uma vez publicados, alguns problemas são irreversíveis”, explica.

Prevenção

A abstinência é a única forma de prevenção da SAF. Por esse motivo, desde 2023, o Instituto OMP realiza uma campanha de conscientização sobre a doença, atuando no prol da saúde de crianças desde a barriga materna.

“Em pouco mais de um ano, mais de 3 milhões de pessoas foram alcançadas com a campanha, que reproduziram vídeos informativos mais de 500 mil vezes”, revela Sara.

Este ano, a campanha continua e será reforçada até as festas de final de ano. Para saber mais sobre a campanha e a SAF, acesse as redes sociais do Instituto OMP e das entidades parceiras.

A campanha conta com o apoio de diversas entidades médicas, instituições da sociedade civil e organizações não governamentais. Para saber mais, acesse https://www.instituto-omp.org.br/gravidezsemalcool .

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