IMAGEM: Reuters

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro informou, na manhã desta quarta-feira (29), que já passa de 130 o número de mortos na megaoperação policial realizada em diversas comunidades do Complexo da Penha, na zona norte da capital fluminense.

De acordo com o órgão, equipes da Coordenação de Direitos Humanos e do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos estão acompanhando o caso e monitorando a situação desde o início da ação, que começou na madrugada de terça-feira (28). A Defensoria relatou que segue recebendo denúncias de desaparecimentos e possíveis execuções.

A operação, considerada uma das mais letais da história do Rio de Janeiro, mobilizou agentes das polícias Civil, Militar e Federal, além do Bope e da Força Nacional. A justificativa inicial das forças de segurança seria o combate ao tráfico de drogas e à atuação de milicianos na região.

Moradores relataram momentos de pânico, com intensos tiroteios, helicópteros sobrevoando áreas densamente povoadas e corpos sendo deixados nas ruas. Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver moradores transportando mortos e feridos em carrinhos de mão e improvisando atendimentos emergenciais.

A Defensoria Pública reforçou o pedido para que as autoridades apresentem transparência nos dados oficiais e adotem medidas urgentes para proteger a população civil. O órgão também solicitou acesso aos registros de óbitos e aos laudos periciais dos corpos encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML).

Enquanto isso, organizações de direitos humanos e lideranças comunitárias classificam a operação como uma tragédia humanitária e cobram respostas do governo estadual e do Ministério da Justiça.

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