Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo

Em 2022, o rendimento médio do 1% da população que ganha mais (rendimento domiciliar per capita mensal de R$ 17.447) era 32,5 vezes maior que o rendimento médio dos 50% que ganham menos (R$ 537). É assustador, mas é o menor valor da série história do IBGE, iniciada em 2012. É o que está na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Rendimento de todas as fontes – 2022, divulgada nesta quinta-feira pelo instituto.

O histórico da PNAD mostra que esta razão entre os maiores e os menores rendimentos teve uma  trajetória de redução de 2012 (38,2 vezes) até 2014 (33,4 vezes). Com a crise econômica, voltou a crescer até alcançar o pico da série (39,9 vezes) em 2019. 

Com a pandemia, em 2020, a razão se reduziu para 34,8 vezes. Houve redução de renda das classes mais baixas e aumento dos rendimentos da população que recebeu Auxílio Emergencial. ois esta desigualdade teve uma redução: em 2021, essa razão era de 38,4 vezes. O resultado de 2022 (32,5) deve-se ao aumento significativo da ocupação e o pagamento de valores mais altos aos beneficiários do Auxílio Brasil, em substituição ao Programa Bolsa Família, em 2022. Vamos relembrar: a taxa de desemprego terminou o ano passado em 9,3%, a menor desde 2015. E em julho do ano passado, às vésperas da eleição presidencial, o Congresso aprovou a PEC do governo Bolsonaro que aumentava o Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600.

Outro dado é que a massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita totalizou R$ 339,6 bilhões em 2022, 7,7% maior do que o estimado para 2021, cujo valor foi de R$ 315,4 bilhões. A parcela dos 10% com os menores rendimentos da população detinha 1,0% da massa e os 10% com maiores rendimentos, 40,7%.

Com informações de: O Globo 

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