
O clipe da canção “O Corpo é Meu” estreia nesta quarta-feira (13/08), às 12h (horário de Manaus), no canal do YouTube da artista Joyce Cândido, que assina a composição ao lado de Flávio Pascarelli e Guilherme Sá. O single, lançado em junho deste ano, foi inspirado no artigo “O mito da posse: o corpo da mulher não é propriedade”, escrito pela juíza Giselle Falcone Medina, do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE/AM), e propõe um diálogo artístico sobre o enfrentamento à violência contra a mulher.
Segundo Pascarelli, que também é desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas, a leitura do artigo gerou reflexões sobre o papel da arte na conscientização social. “A música é uma forma sensível e poderosa de levar essa mensagem ao coração das pessoas. O clipe veio para ampliar o alcance e dar forma visual a esse sentimento e à luta que a letra carrega”, afirmou.
A produção do vídeo, gravado em Manaus, contou com cerca de 60 mulheres atuando em diferentes funções e buscou unir cuidado estético à sensibilidade do tema, evitando qualquer exploração sensacionalista da dor. “Foi um trabalho de equilíbrio para que a mensagem mantivesse sua força, sem perder o respeito às vítimas”, destacou Pascarelli.
Para Giselle Falcone, transformar a violência em arte é um ato de resistência e coragem. “É dar voz às silenciadas, transformar dor em denúncia e inspirar força e mudança. É um grito coletivo que ecoa por todas nós”, disse.
O projeto também recebeu apoio de autoridades como a deputada estadual Alessandra Campêlo, procuradora especial da Mulher da ALE/AM, que ressaltou o papel da música como instrumento de transformação social, e da ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, presidente do Superior Tribunal Militar, que destacou a importância de confrontar a sociedade com a realidade da opressão de gênero.
O clipe integra o projeto Conexão Rio Manaus, realizado em parceria com a Pontes Comunicação e Arte, Saga Publicidade e Hype Brazil, reforçando que a luta contra a violência à mulher é global, mas também profundamente local, carregando identidade e resistência amazônica.










