Ministro do Trabalho, Luiz Marinho (Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O novo ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), Sidônio Palmeira, mal assumiu e teve dores de cabeça para tentar se contrapor à onda espalhada nas redes sociais sobre a suposta taxação do Pix, que levou a Receita Federal a recuar de uma medida que pretendia facilitar a fiscalização de movimentações acima de R$ 5 mil.

A crise ainda nem terminou e, por causa dela, no governo há um temor de que o anúncio do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, de que a proposta de uma nova contribuição sindical será apresentada em fevereiro por um parlamentar da base, Luiz Gastão (PSD-CE), possa dar margem para uma confusão semelhante – ou “um novo Pix”, na leitura de um integrante da gestão Lula.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e políticos como o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP e líder da bancada do partido na Câmara, já estão atacando a proposta nas redes sociais e prometem se mobilizar para impedir a volta da contribuição.

“Esse governo que gosta de taxar, já anuncia um novo imposto sindical para os trabalhadores do Brasil”, protestou Bolsonaro, em um vídeo divulgado na quarta-feira, 14. Se a onda contra a taxação se espalhar novamente, será a reedição da crise do Pix, temem integrantes do governo.

Na reforma trabalhista de 2017, a contribuição sindical deixou de ser obrigatória. A contribuição dos trabalhadores é facultativa, depende de adesão voluntária. O Supremo Tribunal Federal (STF), em 2023, autorizou a cobrança de uma contribuição assistencial sindical, mesmo para quem não é filiado, mas o trabalhador não é obrigado a pagar.

Com informações de PlatôBR

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