Foto: Divulgação / Novo Nordisk

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), do Ministério da Saúde, abriu, nesta sexta-feira, uma consulta pública sobre a incorporação do Saxenda (liraglutida) na rede pública. O medicamento, semelhante ao Ozempic (semaglutida), é aprovado para tratamento da obesidade no Brasil.

A consulta ficará aberta até o dia 31 de maio, e recebe pareceres por meio do site da comissão. A abertura do processo é uma resposta ao pedido de incorporação do medicamento no SUS feito pela farmacêutica Novo Nordisk, analisado na 117ª reunião da Conitec, que ocorreu no final de março.

A consulta é um dos passos do processo que influenciam na decisão da comissão em dar uma recomendação favorável ou não ao ministério sobre a inclusão. Devido ao custo elevado do Saxenda, a proposta é para que o remédio seja ofertado de forma gratuita somente aos pacientes com índice de massa corporal (IMC) acima de 35, com pré-diabetes e alto risco de doença cardiovascular.

A consulta ficará aberta até o dia 31 de maio, e recebe pareceres por meio do site da comissão. A abertura do processo é uma resposta ao pedido de incorporação do medicamento no SUS feito pela farmacêutica Novo Nordisk, analisado na 117ª reunião da Conitec, que ocorreu no final de março.

A consulta é um dos passos do processo que influenciam na decisão da comissão em dar uma recomendação favorável ou não ao ministério sobre a inclusão. Devido ao custo elevado do Saxenda, a proposta é para que o remédio seja ofertado de forma gratuita somente aos pacientes com índice de massa corporal (IMC) acima de 35, com pré-diabetes e alto risco de doença cardiovascular.

— A acessibilidade é um gargalo, porque estamos falando de uma situação clínica muito comum e de remédios que não são baratos, sobretudo para a realidade brasileira. Num cenário ideal, esses medicamentos mais modernos poderiam ter um impacto positivo sobre as doenças se fossem cobertos pelos planos e, eventualmente, se fossem incorporados pelo SUS. Atualmente não temos nenhum na rede pública — disse o especialista em reportagem no fim de abril.

O que é o Saxenda, e para que ele é aprovado?

O Saxenda é o nome comercial da formulação da liraglutida aprovada para tratamento da obesidade pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil. A liraglutida é um fármaco da mesma classe do famoso Ozempic (semaglutida), os análogos de GLP-1.

O GLP-1 é um hormônio produzido pelo organismo que interage com diversos receptores no corpo. Os medicamentos simulam esse hormônio de forma sintética. Inicialmente eles foram desenvolvidos para diabetes tipo 2, já que o GLP-1 estimula a produção de insulina no pâncreas.

O Victoza é a versão da liraglutida vendida pela Novo Nordisk para pacientes diabéticos. Mais recentemente, o laboratório desenvolveu a semaglutida, que tem ação semelhante, porém levou a resultados superiores, e passou a vendê-la para tratar diabetes sob o nome de Ozempic.

Porém, com o tempo, observou-se que o GLP-1 também atua no estômago, diminuindo os movimentos gástricos e o tempo da digestão, e no hipotálamo, induzindo a sensação de saciedade. Consequentemente, os pacientes perdiam peso. Com isso, passou a ser utilizado também para tratar obesidade, com versões da liraglutida e da semaglutida de doses maiores recebendo o aval da Anvisa para esse fim, o Saxenda e o Wegovy, respectivamente. O Saxenda já está disponível no Brasil, mas o Wegovy foi aprovado há pouco tempo, e a expectativa é que chegue ao país somente no segundo semestre deste ano. 

Com informações de: O Globo

Artigo anteriorAdesivo usado na pele promete acabar com alergia ao amendoim; veja como funciona
Próximo artigoAMOR DE MÃE: A FORÇA MAIS SUTIL QUE HÁ NO UNIVERSO