As obras da Arena da Amazônia, que já estão atrasadas, poderão ter mais problemas ainda para serem concluídas caso o Ministério Público do Trabalho (MPT), consiga na Justiça do Trabalho liminar determinando a interdição urgente e imediata das obras de construção do estádio onde serão realizados os jogos da Copa do Mundo em Manaus.

O pedido de interdição ocorreu após a morte de Marcleudo de Melo Ferreira, 22, na madrugada no último sábado (14) depois de cair de uma altura aproximada de 35 metros enquanto trabalhava, na montagem da cobertura do estádio.

No pedido assinado pelos procuradores do Trabalho, Renan Bernardi Kalil e Jorsinei Dourado do Nascimento e a procuradora Maria Nely Bezerra de Oliveira, a interdição no local só deve ser encerrada após a Construtora Andrade Gutierrez, comprovar mediante laudo detalhado o atendimento dos requisitos mínimos de segurança e das medidas de proteção para trabalho em altura.

Caso consiga a liminar de interdição das obras, no pedido os procuradores pedem a fixação de multa diária no valor R$ 100 mil, caso haja descumprimento da medida judicial.

Mortes

O cearense Marcleudo Ferreira, que caiu de uma altura de aproximadamente 35 metros na madrugada de sábado (14), foi socorrido com vida, mas não resistiu e morreu no Pronto Socorro 28 de Agosto.

No mesmo sábado, outra morte foi registrada nas obras da Copa Mundo em Manaus, o encarregado de obras José Antônio da Silva Nascimento, 49, faleceu vítima de um infarto por volta das 12h enquanto trabalhava na construção Centro de Convenções do Amazonas (CCA), localizado ao lado da Arena da Amazônia. Ele era funcionário da Empresa Conserge.

Depois da morte de Marcleudo, as obras na Arena, foram suspensas até amanhã, segundo a UGP Copa.

Em março deste ano, outro operário da Arena da Amazônia, Raimundo Nonato Lima da Costa, de 49 anos, morreu enquanto trabalhava. Ele teria se desequilibrado e caído de uma altura estimada de cinco metros após tentar passar de uma coluna para o andaime.

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