Uma oficina sobre o uso de métodos não farmacológicos para alívio da dor durante o trabalho de parto foi realizada na Maternidade Dr. Moura Tapajóz (MMT), da Prefeitura de Manaus, como parte das ações do Projeto de Aprimoramento e Inovação no Cuidado e Ensino em Obstetrícia e Neonatologia (ApiceON). A atividade foi realizada na última quarta-feira, 15/8, no auditório da unidade.

A oficina foi ministrada pela Mestre Especialista em Fisioterapia Pélvica e Saúde da Mulher e docente da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Ana Luíza Loureiro Guerreiro, e pelas residentes de Enfermagem Obstétrica, Katiele Queiroz e Maria Carolina Fontes. O público-alvo foram enfermeiros, obstetras, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem e residentes da maternidade.

“É essencial promover o empoderamento da mulher no momento do parto, garantindo conforto e alívio da dor por meio do uso adequado das tecnologias e recursos não farmacológicos, contribuindo de forma positiva para um parto humanizado, mais dinâmico e em menor tempo”, observou Ana Luíza Guerreiro.

Os métodos não farmacológicos para alívio da dor, como massagens, exercícios respiratórios, banho morno, deambulação (liberdade de movimentação), bola suíça, cavalinho, agachamento e aromaterapia, são tecnologias de cuidado que envolvem conhecimentos estruturados, mas que não necessitam de equipamentos sofisticados para sua utilização.

“O processo de parto e de nascimento pode provocar dor e nosso objetivo é capacitar a equipe com conhecimentos para controle dessa dor, sem malefícios para o feto e a parturiente, reduzindo a necessidade do uso de analgésicos e anestésicos”, explicou a diretora da MMT, Angélica Marocchio. “Continuamos trabalhando para que a Moura Tapajóz se torne referência nas melhores práticas de atenção obstétrica e neonatal”, completou.

ApiceON

O Ministério da Saúde lançou o projeto ApiceON para qualificar e ampliar a atenção obstétrica e neonatal em hospitais de ensino, universitários ou que atuam como unidade auxiliar de ensino. A proposta abrange 95 hospitais que realizam atividade de ensino em todos os estados brasileiros. Entre 2017 e 2020, serão investidos R$ 13 milhões no projeto.

A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) aderiu ao projeto em agosto do ano passado. O objetivo é contribuir com a implantação de práticas de cuidado baseadas em evidências científicas na atenção ao parto, nascimento, atenção humanizada às mulheres em situação de violência ou abortamento e planejamento reprodutivo.

“O momento do parto é um momento de vulnerabilidade da mulher, por isso é tão importante haver uma equipe de suporte que acolha, que respeite o protagonismo dessa mulher, de forma a tornar o parto menos traumático para a mãe e para a criança”, afirmou Valéria Almeida, articuladora do ApiceON na Moura Tapajóz.

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