O Senado Federal aprovou na noite de terça-feira, 02, com 50 votos a favor, mudanças na Lei da Ficha Limpa. A nova versão da lei, agora, vai permitir reduzir o tempo que políticos condenados ficarão inelegíveis. Do total dos senadores presentes, 24 parlamentares se posicionaram contra a proposta.

Os senadores amazonenses, Omar Aziz (PSD) e Plínio Valério (PSDB), avalizaram, com seus respectivos generosos votos, as mudanças da lei, que já tinha recebido o aval da Câmara dos Deputados e, agora, segue para sanção ou veto presidencial.

Modificado, o novo texto estabelece um único prazo de inelegibilidade de oito anos, contado a partir da perda do mandato, da eleição em que ocorreu o ilícito, da renúncia ou da condenação em segunda instância e cria teto máximo de 12 anos de proibição de participar das eleições, ainda que o agente político acumule múltiplas condenações.

De acordo com o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), a modificação configura um retrocesso e “reduz de forma significativa o alcance das inelegibilidades previstas, abrindo espaço para o retorno prematuro à vida pública de agentes condenados por crimes de corrupção, abuso de poder político e econômico, e outros ilícitos de elevada gravidade”.

“Eu faço questão dessa modernização, dessa atualização, da Lei da Ficha Limpa. A inelegibilidade não pode ser eterna e está no texto da lei oito anos, não pode ser nove nem 20. Meu voto é sim”, declarou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), deixou de presidir a sessão para votar a favor da pauta.

A mudança pode beneficiar o ex-governador do DF, José Roberto Arruda, e o ex-deputado federal Eduardo Cunha, que poderiam retornar à política mais cedo que o previsto.

50 senadores que votaram a favor 

Alan Rick (União-AC)

Ana Paula Lobato (PDT-MA)

Angelo Coronel (PSD-BA)

Astronauta Marcos Pontes (PL-SP)

Beto Faro (PT-PA)

Carlos Portinho (PL-RJ)

Carlos Viana (Podemos-MG)

Chico Rodrigues (PSD-RR)

Ciro Nogueira (PP-PI)

Daniella Ribeiro (PP-PB)

Davi Alcolumbre (União-AP)

Dr. Hiran (PP-RR)

Dra. Eudócia (PL-AL)

Efraim Filho (União-PB)

Esperidião Amin (PP-SC)

Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

Giordano (MDB-SP)

Hamilton Mourão (Republicanos-RS)

Irajá (PSD-TO)

Ivete da Silveira (MDB-SC)

Izalci Lucas (PL-DF)

Jaques Wagner (PT-BA)

Jayme Campos (União-MT)

Jorge Kajuru (PSB-GO)

Jorge Seif (PL-SC)

Jussara Lima (PSD-PI)

Laércio Oliveira (PP-SE)

Lucas Barreto (PSD-AP)

Luis Carlos Heinze (PP-RS)

Marcio Bittar (PL-AC)

Marcos Rogério (PL-RO)

Margareth Buzetti (PP-MT)

Nelsinho Trad (PSD-MS)

Omar Aziz (PSD-AM)

Otto Alencar (PSD-BA)

Pedro Chaves (MDB-GO)

Plínio Valério (PSDB-AM)

Professora Dorinha Seabra (União-TO)

Renan Calheiros (MDB-AL)

Rodrigo Pacheco (PSD-MG)

Rogerio Marinho (PL-RN)

Rogério Carvalho (PT-SE)

Romário (PL-RJ)

Sergio Moro (União-PR)

Soraya Thronicke (Podemos-MS)

Sérgio Petecão (PSD-AC)

Tereza Cristina (PP-MS)

Wellington Fagundes (PL-MT)

Weverton (PDT-MA)

Zequinha Marinho (Podemos-PA).

Outros 24 parlamentares se posicionaram contra a proposta.

Lista dos votos contrários

Alessandro Vieira (MDB-SE)

Augusta Brito (PT-CE)

Cleitinho (Republicanos-MG)

Confúcio Moura (MDB-RO)

Damares Alves (Republicanos-DF)

Eduardo Braga (MDB-AM)

Eduardo Girão (Novo-CE)

Eliziane Gama (PSD-MA)

Fabiano Contarato (PT-ES)

Fernando Dueire (MDB-PE)

Fernando Farias (MDB-AL)

Flávio Arns (PSB-PR)

Humberto Costa (PT-PE)

Jader Barbalho (MDB-PA)

Jaime Bagattoli (PL-RO)

Leila Barros (PDT-DF)

Mara Gabrilli (PSD-SP)

Marcelo Castro (MDB-PI)

Mecias de Jesus (Republicanos-RR)

Oriovisto Guimarães (PSDB-PR)

Paulo Paim (PT-RS)

Styvenson Valentim (PSDB-RN)

Teresa Leitão (PT-PE)

Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).

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