
O senador Omar Aziz (PSD-AM) declarou neste domingo, 21, em entrevista à Globo News, que a PEC da “blindagem”, aprovada pelo Câmara dos Deputados, não passa no Senado.
A expectativa do senador é de que já na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida pelo senador Otto Alencar deve ser derrotada com uma surra. “Faltou bom senso na construção dessa PEC. Não sei de onde se tirou isso”, ironizou.
Conforme avaliou, a PEC da blindagem é uma excrescência que permite que antes da diplomação o candidato eleito pode cometer qualquer crime e depois que for diplomado e assumir o mandato só quem pode autorizar de ele será investigado são os parlamentares no voto secreto.
“O Brasil acordou, um gigante adormecido com a bandeira brasileira, acordou pra tudo isso que está acontecendo”, comentou o parlamentar, em alusão aos movimentos de domingo nas 27 capitais brasileiras que reuniu milhares de pessoas em protesto a PEC. “O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), nomeado relator da PEC pelo presidente da CCJ, senador Otto Alencar (PT), vai rejeitar inominado absurdo”, arremata.
Voto pela rejeição
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) vai apresentar na próxima quarta-feira, 24, seu relatório em que defenderá a rejeição da chamada PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara, e cujo texto determina a necessidade de autorização dos parlamentares para processos judiciais contra deputados e senadores. A declaração foi dada em entrevista à rádio CBN.
Alessandro Vieira já tinha afirmado antes que o relatório seria pela rejeição da PEC, “demonstrando tecnicamente os enormes prejuízos que essa proposta pode causar aos brasileiros”. O senador chegou a gravar um vídeo para expor os malefícios da PEC.
“O esforço de muitos para passar pano e emplacar narrativas fantasiosas é comovente, mas o fato é que a Câmara aprovou um PEC para proteger bandido, desde que ele seja parlamentar ou presidente de partido. É um absurdo injustificável, que vamos derrotar no Senado”, disse também nas redes sociais.
Mesmo antes da aprovação, ele já dizia que a PEC seria a prova de que no Brasil “o absurdo virou cotidiano”.
Apesar da aprovação em dois turnos na Câmara, a rejeição ao texto é bem maior no Senado e a expectativa é de que o texto seja rejeitado. A escolha de Alessandro Vieira pelo presidente da CCJ da Casa, o senador Otto Alencar (PSD-BA), também contrário ao texto, tem esse objetivo.
A repercussão negativa da aprovação na Câmara também tende a pesar. A reação nas redes sociais fez com que parlamentares à direita e à esquerda se desculpassem nas redes após o voto favorável à proposta. O texto avançou com o apoio do centrão e da bancada bolsonarista e com algumas dissidências na base governista.










