
A onça-pintada Golias, resgatada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Santo Antônio do Içá, no interior do Amazonas, desembarcou em Manaus nesta quarta-feira (12), após um traslado aéreo realizado pela Força Aérea Brasileira (FAB). O felino passou alguns dias sob os cuidados do Instituto Mamirauá, em Tefé, antes de ser transferido para a capital amazonense.
A operação de transporte contou com o apoio do Sétimo Comando Aéreo Regional (VII COMAR), que utilizou uma aeronave C-105 Amazonas para trazer Golias e dois macacos da espécie barrigudo. O avião pousou no Aeroporto de Ponta Pelada por volta das 11h30, com a carga sob monitoramento de técnicos do Ibama.
O superintendente do Ibama, Joel Antunes, afirmou que a FAB foi acionada para agilizar a transferência do animal e evitar o sofrimento causado por um deslocamento prolongado via fluvial. “Precisávamos resgatar essa onça-pintada, que foi entregue voluntariamente. O transporte aéreo foi solicitado para garantir mais conforto e segurança ao animal”, explicou.
Agora, Golias está sob a responsabilidade do Ibama e passará por avaliações e cuidados especializados. A entidade garante que o felino receberá tratamento adequado por profissionais capacitados em manejo de fauna silvestre.
Família questiona condições do animal após resgate
A retirada de Golias da família que o criou como um “pet” gerou repercussão nas redes sociais. Em postagens no Instagram, parentes e internautas manifestaram preocupação com o estado do animal. Segundo relatos, a onça-pintada aparenta estar machucada e demonstra sinais de estresse, comportamento incomum para o felino, que vivia solto.
Nos comentários de um dos vídeos publicados, seguidores pediram que o animal fosse levado para um instituto especializado. “Fazemos até uma vaquinha para o transporte do @goesgolias. Ele seria muito mais feliz lá do que no CETAS”, escreveu um internauta.
O caso
Golias foi resgatado ainda filhote pelo pescador Jobson dos Santos Góes, em Santo Antônio do Içá. Criado como um animal doméstico, o felino começou a sair de casa pela janela, o que despertou preocupação quanto à sua segurança.
Com receio de que o animal corresse riscos ou causasse incidentes, Jobson decidiu entregá-lo voluntariamente ao Ibama. O primeiro deslocamento ocorreu na sexta-feira (7), quando Golias foi transportado em uma lancha pelo rio Solimões até Tefé, onde ficou temporariamente sob os cuidados do Instituto Mamirauá.
Agora, a expectativa gira em torno do destino final do felino e das condições em que será mantido. O caso segue mobilizando defensores da causa animal e gerando debate sobre a melhor forma de cuidar de Golias.