A onça-pintada macho resgatada no último dia 1º de outubro, no Rio Negro, em Manaus, segue em recuperação e apresenta sinais de melhora após tratamento intensivo conduzido pela equipe da Secretaria de Estado de Proteção e Bem-Estar Animal (Sepaam).

Em vídeo publicado no Instagram nesta segunda-feira (27), a deputada licenciada Joana Darc, titular da pasta, mostrou o avanço do felino e detalhou as etapas do processo de reabilitação, destacando que o animal será reintegrado à natureza assim que estiver totalmente apto.

“Resgatada e cuidada pela nossa equipe, agora ela está se recuperando até ficar 100% apta para voltar à natureza. Agradecemos ao biólogo Nonato Amaral, diretor do Zoológico do Tropical Hotel, por todo cuidado e acompanhamento. É um trabalho intenso, mas muito gratificante”, afirmou Joana Darc.

Etapas da recuperação

O tratamento da onça envolve um protocolo completo de reabilitação física e comportamental. As etapas incluem:

  • Avaliação inicial, que confirmou tratar-se de um animal selvagem, sem sinais de cativeiro;
  • Coleta de fezes, para análise da dieta e investigação de possível caça em sítios ou armadilhas;
  • Primeira alimentação, com protocolo especial que foi bem aceito pelo animal;
  • Observação do instinto de caça e da agilidade;
  • Recuperação da visão, com suplementação de ômega 3 e ativação da camada refletora de células do olho;
  • Tratamento fisioterápico e nutricional, para cicatrização e fortalecimento da musculatura facial.

Segundo a Sepaam, a evolução tem sido positiva e o felino deve retornar ao seu habitat natural assim que completar o processo de reabilitação.

Entenda o caso

A onça foi avistada nadando desnorteada nas águas do Rio Negro, próximo à praia da Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus, na tarde de 1º de outubro. Passageiros de uma embarcação acionaram as autoridades ao perceber que o animal estava ferido.

O resgate contou com o trabalho conjunto da Sepaam, do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb) e do Laboratório de Internações de Fauna e Floresta (Laiff/Ufam). Exames revelaram que a onça foi atingida por munições de chumbinho, com 30 projéteis alojados no corpo e lesões na cabeça, além da perda de alguns dentes.

Após o atendimento emergencial em uma clínica particular, o felino foi transferido para um espaço de repouso e readaptação, onde segue sendo acompanhado por veterinários e biólogos.

A caça de animais silvestres é considerada crime ambiental, previsto no Artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), com pena de seis meses a um ano de detenção, além de multa.

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