O clima em Parintins, no Baixo Amazonas, é de medo. As ações do crime organizado têm assustado a população da Ilha Tupinambarana (distante 269 quilômetros de Manaus).
De acordo com o site CNA7, do jornalista Carlos Alexandre, no mês de janeiro que termina nesta terça-feira (31), foram registrados em Parintins seis homicídios. Acertos de contas principalmente do tráfico de drogas são os principais responsáveis pelos assassinatos. Além disso, a polícia informa que várias tentativas de homicídios foram registradas.
A noite de segunda-feira (30) foi marcada por violência em Parintins. A técnica de enfermagem Mara Nascimento Fernandes, 44, foi vítima de disparo de arma de fogo. Ela foi baleada no peito após tentar defender o filho de dois homens que armados tentavam contra a vida dele. O crime aconteceu na rua 24 de Maio, no bairro do Itaúna.
Na madrugada desta terça-feira ela morreu na mesa de cirurgia no Hospital Jofre Cohen.
De acordo com a polícia, o filho de Mara Nascimento, identificado como “Nego Drama” estava envolvido no assalto realizado na noite do último domingo (29) na casa do empresário Fernando Maia.
Ainda na noite de segunda, um homem identificado como Frank Ferreira de Oliveira, 38, foi torturado, morto pelo “tribunal do crime”.
De acordo com a polícia, a vítima foi sequestrada na noite de segunda por dois homens armados que invadiram a sua residência. Ele foi levado para local desconhecido onde teria sido torturado e morto.
O corpo de Frank Ferreira foi encontrado na madrugada desta terça-feira enrolado em um lençol e jogado, com mãos e pés amarrados, no Ramal do Reis na comunidade urbana do Macurani.
Um vídeo de segundos divulgado no WhatsApp homens mostram Frank Ferreira no chão. Um áudio também divulgado ele é interrogado pelo “tribunal do crime” a respeito de um roubo quando ele conta para quem vendeu é decretado sua morte e é possível ouvir dois disparos de arma de fogo.
Em outro divulgado também na noite de segunda-feira, uma mulher desesperada diz: “pegaram ele mana. Vão matar ele, por favor mana meu Deus do céu”.