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Cada vez mais presente na rotina das pessoas devido às mudanças climáticas, as ondas de calor extremo podem provocar a aceleração no envelhecimento biológico de idosos. A descoberta feita por pesquisadores norte-americanos foi publicada na revista científica Science Advances, em 26 de fevereiro.

Os autores do estudo perceberam que idosos que vivem em áreas com 140 dias ou mais de calor extremo por ano apresentam até 14 meses a mais de envelhecimento biológico em comparação com aqueles que vivem em locais com menos de 10 dias de calor extremo.

Isso ocorre porque o calor pode alterar a metilação do DNA — um processo que regula a expressão genética —, gerando respostas inflamatórias. Como consequência, há o comprometimento das células e disfunções em órgãos como coração e músculos.

O estudo foi feito a partir de exames de sangue de aproximadamente 3,6 mil norte-americanos acima dos 56 anos de idade, inscritos no banco de dados do Health and Retirement Study. As amostras foram coletadas em diferentes períodos durante os seis anos de observações. Também foram utilizados dados de relógios epigenéticos para estimar a idade biológica dos participantes.

Quando todas as informações de idade biológica e registros climáticos foram cruzadas, descobriu-se que o nível de impacto do calor extremo no envelhecimento é comparável aos efeitos de fumar ou consumir álcool excessivamente.

O que é envelhecimento biológico?

O termo de envelhecimento biológico está associado à idade biológica, que tem relação com o funcionamento do corpo humano em níveis molecular, celular e sistêmico. A idade cronológica, por outro lado, está relacionada à data de nascimento.

Por exemplo, uma pessoa pode ter 60 anos no documento de identidade (idade cronológica), mas ter o funcionamento do organismo compatível com o de um indivíduo de 62 anos (idade biológica), caso esteja exposta a fatores que aceleram o desgaste do corpo.

Com informações de Metrópoles

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