A Polícia Civil do Amazonas desmontou um esquema de desvio de mais de uma tonelada e meia de insumos hospitalares dos hospitais públicos do estado. A operação, denominada “Operação Corsário”, culminou na prisão de três homens nesta quarta-feira (01), incluindo um servidor da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM) e dois empresários locais.

O motorista, identificado como João Luiz de Paula Monteiro, conhecido como “Jango”, de 51 anos, trabalhava como motorista no Hospital 28 de Agosto e foi apontado como o cérebro por trás do esquema. Ele é acusado de desviar medicamentos e instrumentos médicos para revenda clandestina, com a cumplicidade de um empresário chamado Antônio Lucio Castro de Cena, 54 anos, acusado de ser responsável por encontrar compradores para os produtos desviados.

Os investigadores, que monitoraram os suspeitos por três semanas, observaram a transferência frequente de materiais de hospitais para a residência de Monteiro, onde eram armazenados antes da venda. Durante a operação, a polícia também prendeu o empresário Cristiano Maia, encontrado com várias caixas de soro fisiológico, supostamente adquiridas para serem vendidas ilegalmente para o interior do estado.

O Delegado Cícero Túlio, do 1º DIP e responsável pela operação, destacou o histórico criminal de um dos detidos, Antônio Lucio, que já havia sido condenado anteriormente por envolvimento em outro caso de peculato doloso em 2016. “Ele é o responsável pelo desvio de medicamentos e já foi condenado por crimes semelhantes”, explicou o delegado.

Os três homens foram autuados por organização criminosa, furto qualificado, peculato doloso e receptação qualificada. Após os procedimentos legais, eles serão levados à audiência de custódia, onde aguardarão as deliberações da Justiça.

A secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, reforçou que a SES-AM vem implementando ferramentas que monitoram e avançam no controle do ciclo de assistência farmacêutica para que os medicamentos e insumos cheguem ao seu destino final de forma correta, o que possibilitou a identificação rápida de que estavam ocorrendo os desvios.

“Quando nós observamos que existia um desequilíbrio entre a aquisição, o armazenamento, o abastecimento das unidades e esse produto até o usuário, nós acionamos a Secretaria de Segurança Pública, da qual aqui mais uma vez eu agradeço”, afirmou a secretária.

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