Foto: REUTERS/Bruno Kelly

O governo federal inicia nesta terça-feira (7) a operação para retirada de garimpeiros ilegais da Terra Indígena Ianomâmi. A véspera da ação, porém, foi marcada pela denúncia da morte de três ianomâmi e de um garimpeiro em conflitos no interior da reserva. Segundo a ministra do Povos Indígenas, Sônia Guajajara, agentes da Polícia Federal encontraram um jovem indígena morto e outro ferido na região de Homoxi. Os outros dois assassinatos teriam ocorrido na região de Parima.

De acordo com o jornal O Globo, a ministra informou que os indígenas relataram que os confrontos teriam acontecido entre a sexta-feira (3) e o sábado (4). “Foi encontrado um corpo no meio dos garimpeiros e mais um ferido. O corpo foi entregue para a família para fazer o ritual fúnebre próprio da cultura, e o ferido está sendo removido para o atendimento de saúde. É uma situação de urgência e emergência permanente”, disse Sônia Guajajara. Os outros dois corpos estariam em uma região de mata fechada.

Ainda conforme a reportagem, o corpo de um homem identificado como Ernandes Belo da Silva foi levado para o Instituto Médico Legal de Boa Vista na segunda-feira (6). Familiares informaram que ele teria sido morto morto pelos ianomâmi no sábado.

Também na segunda-feira, a Força Aérea Brasileira (FAB) determinou a criação de três corredores aéreos com o objetivo de facilitar a saída voluntária de garimpeiros da terra ianomâmi. Os corredores aéreos deverão durar uma semana e atende a pedidos feitos pelos próprios garimpeiros que tentam deixar a região antes do início das ações coercitivas por parte das forças de segurança.

Ao todo, o governo deverá enviar cerca de 500 homens – incluindo agentes da Polícia Federal da Força Nacional, além de militares – para atuarem na retirada dos garimpeiros ilegais.

“Todos que cometeram crimes como genocídio, crimes ambientais, o próprio garimpo, financiamento de garimpo, assim como lavagem de dinheiro, e que estão sendo investigados, continuarão a ser. São caminhos que seguem paralelamente. De um lado nós temos a desintrusão, a desocupação das terras indígenas. De outro, temos a investigação”< disse o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

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