
A organização pró-Israel StandWithUs condenou as justificativas apresentadas pelo assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, embaixador Celso Amorim, para a saída do Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA).
Em entrevista ao programa Roda Viva na segunda-feira (11), Amorim disse que o Brasil estava se sentindo “manipulado” pela definição de antissemitismo e afirmou que havia pressões dentro da Aliança. Segundo o embaixador, “qualquer defesa da Palestina” era enquadrada como antissemitismo.
A StandWithUs, que se descreve como uma “instituição educativa sobre Israel sem fins lucrativos”, manifestou preocupação com a percepção apresentada por Amorim. A organização afirma que a Aliança Internacional para a Memória do Holocausto, criada na década de 1990 e à qual o Brasil aderiu em 2021, tem como foco primordial combater o antissemitismo e promover a educação sobre o Holocausto em todo o mundo.
O assessor do presidente Lula reforçou durante a entrevista que o Brasil não nega o Holocausto, e relembrou que o presidente brasileiro já visitou o Museu do Holocausto em Israel 2010. Enquanto ministro das Relações Exteriores do governo Lula, Amorim também visitou Israel diversas vezes.
O embaixador argumenta, no entanto, que a memória do Holocausto não deve ser usada como justificativa para o que ele descreveu como “genocídio na Palestina”.
A StandWithUs, por outro lado, afirma que a saída do Brasil da IHRA representa um retrocesso lamentável em um país que “enfrenta um crescimento alarmante da apologia ao nazismo e da proliferação de células neonazistas”. Segundo a Confederação Israelita no Brasil, as denúncias de antissemitismo subiram 350% entre 2022 e 2024 no país.
A organização pró-Israel também pede que o governo brasileiro reavalie a saída Aliança Internacional para a Memória do Holocausto, decisão que Amorim afirmou apoiar durante a entrevista.
Com informações de CNN Brasil.
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