FOTOS: Aguilar Abecassis/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa

Manaus recebeu, na terça-feira (19/08), o espetáculo “Badalamenti / Lynch – We live inside a dream!”, apresentado no palco do Teatro Amazonas pela Orquestra de Câmara do Amazonas (OCA). O concerto, realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Econonia Criativa, recriou, ao vivo, trilhas marcantes de filmes e séries do cineasta norte-americano David Lynch, em parceria com o compositor Angelo Badalamenti.

O espetáculo desta terça-feira foi um tributo a David Lynch, que faleceu em janeiro de 2025. As obras do cineasta, junto às trilhas do compositor Angelo Badalamenti, já haviam sido interpretadas pela orquestra em outras ocasiões, mas a apresentação desta vez trouxe uma leitura inédita ao palco do Teatro Amazonas.

Sob regência, arranjos e participação ao piano de Marcelo de Jesus, o programa percorreu obras icônicas como “Veludo Azul”, “Cidade dos Sonhos”, “Coração Selvagem”, “Estrada Perdida”, “Rabbits” e “Uma História Real”. O ponto alto foi a suíte especial dedicada a “Twin Peaks”, série de culto que marcou gerações e consolidou a colaboração entre Lynch e Badalamenti.

As interpretações contaram com os solistas Carol Martins e Sérggio Andêrs, que deram voz à atmosfera de mistério, beleza e inquietação que permeia o universo dos artistas homenageados. Durante toda a apresentação, o repertório foi acompanhado por cenas dos filmes, ampliando a imersão do público na experiência audiovisual.

Para a líder da OCA, Elena Koynova, o concerto foi “um mergulho sensorial, mais do que uma apresentação tradicional”. ‘’O convite é para que todos se deixem levar pela música de Angelo Badalamenti e pelas imagens de David Lynch, mergulhando nesse universo artístico, de fantasia e de sensações”, explicou Koynova.

Segundo ela, a proposta rompeu com a relação convencional entre palco e plateia, valorizando o silêncio entre as peças como parte essencial da experiência.

“O que estamos oferecendo ao público vai além de uma apresentação musical: é uma experiência meditativa. A ideia não é que haja interrupções, aplausos ou uma troca convencional entre artistas e plateia’’, disse.

Conduzido como um percurso sonoro hipnótico — “um concerto como um sonho, feito de sombras, silêncio e beleza suspensa” — o espetáculo proporcionou ao público uma vivência única, em que música, silêncio e memória se entrelaçaram.

Artigo anteriorBiblioteca Pública do Amazonas relembra incêndio de 1945 em exposição de 80 anos
Próximo artigoPrefeitura abre consulta pública para população participar da revisão do Plano de Saneamento Básico de Manaus