Rubens Chiri, Miguel Schincariol e Paulo Pinto / São Paulo FC

Oscar, meio-campista do São Paulo, saiu em defesa de Luighi, do Palmeiras, que sofreu racismo na última quinta-feira, no Paraguai. Além disso, o camisa 8 do Tricolor projetou o duelo contra o Alviverde pela semifinal do Paulista.

“Primeiramente, também queria falar sobre, o que aconteceu com o jogador do Palmeiras (Luighi), que sofreu racismo. A gente também está dando esse apoio. Isso aí é o que vem acontecendo já no futebol sul-americano, e a gente espera que as pessoas que fazem isso sejam punidas. A gente fica triste com o que aconteceu com ele, e espera que alguma coisa possa acontecer com as pessoas que fizeram esse ato de racismo. Racismo é crime e sai do futebol”, disse Oscar, em entrevista coletiva, nesta sexta-feira, no CT da Barra Funda.

“E sobre o clássico, na minha época, quando eu estava aqui, que era mais novo, 17, 18 anos, já era um grande clássico aqui em São Paulo, então já tinha essa rivalidade. Lógico que eu conheço muito bem a rivalidade, eu sou são-paulino, então sempre estou acompanhado mesmo de longe. Mas é isso, a gente espera que essa rivalidade, essa inimizade, que tem um clube com o outro, fique só fora de campo, e que vença o melhor”, acrescentou.

Oscar também falou a respeito da polêmica do gramado sintético e exigiu melhores condições para o duelo desta segunda-feira. O meio-campista, ainda, defendeu os jogos aos finais de semana, outro assunto que repercutiu antes do duelo.

“Falando do gramado sintético, a gente não é contra o Palmeiras, mas sim contra os estádios sintéticos. É a primeira vez que estou começando a jogar no gramado sintético. Na Europa não jogava, na China não tinha. Então, estou vendo que os jogadores estão sofrendo. Acho que os dois jogos que teve no gramado sintético, contra o Portuguesa e contra o Palmeiras, eu acabei não jogando muito. Então, eu vi que os companheiros, o próprio Alisson, que sofreu com o tornozelo dele. Então, a gente espera também ter um gramado melhor”, disse Oscar.

“A gente, como jogador, e até vendo o ponto do torcedor, jogar no sábado e no domingo é melhor, é mais gostoso, a gente é mais acostumado. Mas, a gente está preparado também. É uma decisão que a diretoria, a federação, cabe a eles decidir isso aí. A gente tem que estar preparado para jogar no sábado, domingo e segunda”, pontuou o meia.

O meio-campista, anunciado como “presente de Natal” pelo São Paulo no final da temporada passada, já participou de seis gols em 2025. O camisa 8 foi às redes duas vezes e distribuiu duas assistências, em 11 partidas disputadas. Ele comentou os diferentes esquemas táticos da equipe de Zubeldía e sua função em cada um deles.

“A gente já estava jogando 4-2-3-1, ali. A gente tem que jogar bem como equipe. Independente de qual jogador que joga, cabe a lógica o Zubeldía decidir. E todo jogador tem que estar pronto. A minha função com três zagueiros ou com dois zagueiros, que a gente joga 4-3-3 ali, não muda muito. Eu tenho um estilo que gosto de ajudar, gosto de voltar, gosto de tacar a bola. Então, de qualquer forma, com três zagueiros ou com dois zagueiros, a minha função não muda muito”, avaliou.

“Falando do 3-5-2, da maneira que a equipe está jogando, principalmente nos últimos jogos, contra o Palmeiras, contra o São Bernardo, a equipe não perdeu e sofreu muito pouco, deu muita pouca chance para outra equipe. Então, a gente também estava esperando fazer isso no 4-4-2 ou 4-2-3-1 e a gente não estava conseguindo. Mas não é jogador, não é a forma da equipe jogar. Tem muitas equipes aí que jogam 4-2-3-1 e jogam muito bem ou jogam no 3-5-2. Então, a gente tem dois esquemas que jogam muito bem. A gente fez grandes jogos também no 4-2-3-1 e fez bons jogos no 3-5-2. Então, é importante ter essa avaliação também”, concluiu.

O São Paulo entra em campo na próxima segunda-feira (10), às 21h35 (de Brasília), para enfrentar o Palmeiras no Allianz Parque. O duelo decisivo vale uma vaga na final do Paulista contra Corinthians ou Santos.

Com informações de Gazeta Esportiva.

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