O mês de outubro é marcado pela maior campanha de conscientização dedicada à saúde da mulher mundo. O movimento Outubro Rosa busca alertar para a necessidade da detecção precoce do câncer de mama, que hoje figura no topo da lista das neoplasias malignas mais incidentes no mundo para o sexo feminino e também a que mais mata. No Brasil são detectados, anualmente, 59,7 mil novos casos.
 

O movimento Outubro Rosa busca alertar as mulheres para que realizem a mamografia nas faixas-etárias indicadas. O exame é gratuito e ofertado pelo SUS. Para a enfermeira do Serviço de Enfermagem e Gestão em Saúde (Segeam), Eliane Calderaro, a enfermagem tem papel fundamental tanto no processo de sensibilização e orientação, quanto no tratamento da doença, através de sua atuação técnica.

“Informar a população sobre a necessidade de se diagnosticar cada vez mais cedo a doença é de extrema importância, pois só assim, conseguiremos reduzir o número de mortes pelo câncer, inclusive no Amazonas”, explica Eliane.

Diferente dos mais variados tipos de câncer, o de mama ainda não tem seus fatores de risco claros à sociedade. Sabe-se, por exemplo, que o tabagismo e a obesidade, podem potencializar as chances de se desenvolver a doença. O mesmo ocorre com a hereditariedade, cujas características genéticas são transferidas de pais para filhos, por exemplo. Por isso, quem tem histórico de câncer na família, tem maiores chances de ter a doença no futuro e precisa redobrar os cuidados.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que o Amazonas deve registrar, em 2019, 420 novos casos da doença. É o segundo tipo de câncer mais prevalente nas mulheres, perdendo apenas para o câncer de colo de útero.

Quando realizar a mamografia?

A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a realização do exame de mamografia uma vez ao ano, a partir dos 40 anos. Para mulheres com histórico da doença na família, o rastreio deve ser iniciado aos 35 anos. As com idade inferior, podem fazer a ultrassonografia mamária, que ajuda na detecção de alterações em mulheres mais jovens.

Para contribuir com a campanha, o Segeam está em fase de elaboração de um cronograma de atividades abordando o tema.
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