Desenvolvido para o controle da diabetes, o Ozempic (semaglutida) vem apresentando resultados interessantes para a diminuição de risco de várias doenças.

Agora, um estudo publicado em 1º/4 pela Universidade de Nebraska, Estados Unidos, na Sage Journals , sugerem que seja verificado o potencial da medicação no tratamento da esclerose múltipla (EM), uma doença neurodegenerativa provocada por inflamações no corpo.

A sugestão dos cientistas partiu de uma análise ao banco de dados do Sistema de Notificação de Eventos Adversos, dos Estados Unidos. Este banco os médicos têm de preencher obrigatoriamente, o que permitiu comparar o surgimento de episódios de esclerose múltipla em todos os pacientes no país que usavam estes medicamentos.

Ao recortarem as informações dos pacientes que tomaram medicamentos para o controle da diabetes, os pesquisadores perceberam que os pacientes que usavam Ozempic ou formulações parecidas, como dulaglutida e a liraglutida, apresentavam uma taxa abaixo da média de incidência de esclerose múltipla.

Por exemplo, no caso do Ozempic eram 18,5 mil usuários e apenas 11 deles desenvolveram esclerose múltipla entre 2003 e 2023. Ao comparar esta baixa proporção com o quadro geral da população, de aproximadamente 1 a cada 100 pessoas, os pesquisadores concluiram que este tipo de remédio levou a uma redução média do risco de ter a doença de 80%. No caso específico do Ozempic, foram 76%.

Artigo anteriorConselheiro do TCE-AM prestigia homenagem da Aleam ao empresário Mário Jorge Bulbol Abrahão
Próximo artigoConcurso público: Lei garante período mínimo para divulgação de locais e realização de provas no Amazonas