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A investigação da Polícia Federal (PF) revelou o envolvimento de José Eduardo de Oliveira e Silva, padre da Diocese de Osasco (SP), com o plano de golpe contra o Estado Democrático de Direito. Ele foi um dos investigados que estava no relatório da Procuradoria-Geral da República (PGR), mas não foi denunciado pela instituição.
As investigações detalham que o padre teria participado de encontros no Palácio da Alvorada que discutiam um possível golpe após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
Os registros de entrada no Palácio da Alvorada de 19 de novembro de 2022 comprovam que, às 14h59, o padre José Eduardo ingressou como visitante – no mesmo horário que Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro e também investigado.
O religioso permaneceu por quatro horas no palácio, o que, segundo as investigações, reforçaria a participação ativa dele nas discussões sobre a tentativa de ruptura institucional.
O depoimento de Mauro Cid detalha que o padre, junto a Filipe Martins e ao jurista Amauri Saad, teria apresentado ao ex-presidente um documento detalhado com medidas a serem adotadas para invalidar o resultado do pleito geral de 2022. O plano incluía a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) especialmente Alexandre de Moraes, e a convocação de novas eleições, sob justificativa de suposta fraude eleitoral.
Além disso, a apuração revelou que o padre mantém um site próprio, por meio do qual mantém conexões diretas com pessoas e empresas investigadas por disseminarem fake news e fazerem ataques contra o sistema eleitoral brasileiro.
Entre os nomes ligados ao religioso estão Rodrigo Constantino e a produtora Brasil Paralelo – ambos investigados no Inquérito nº 4.781 do STF, também chamado de Inquérito das Fake News.
Os vídeos do padre com Constantino e com integrantes da Brasil Paralelo reforçam as ligações entre os envolvidos.
Com informações de Metrópoles.