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Uma passageira que decolou do Aeroporto Internacional do Recife com destino a Belém, no Pará, teria sido furtada durante o procedimento de raio-x na capital pernambucana. De acordo com a personal trainer Iana Guimarães, 27 anos, o Smart Watch que ela utilizava na hora da revista teria desaparecido após passar pela esteira com outros itens pessoais.

A jovem viajou para a capital paraense, na madrugada da última quinta-feira (20/5), e percebeu o sumiço do item no momento em que passava pelo raio-x, que é um tipo de scanner para verificar se os passageiros portam explosivos e armas. Neste procedimento, alguns objetos, como celular, cinto, relógio e pulseira, são deixados em uma caixa para passarem separadamente.

Para não perder o voo, a personal trainer decidiu registrar um Boletim de Ocorrência em Belém, mas ao chegar no destino, foi orientada a dar queixa em alguma delegacia de Pernambuco. Segundo Iana, o BO foi registrado nesta terça-feira (25).
Por meio de nota, a Polícia Civil de Pernambuco informou que registrou, por meio da Delegacia do Turista, uma ocorrência de furto. “O fato aconteceu no dia 20 de junho, em um estabelecimento localizado no bairro da Imbiribeira, em Recife. A investigação foi imediatamente iniciada e segue em andamento”, completa a PCPE. 
A passageira ainda conta que entrou em contato com o aeroporto para saber se seria possível que as imagens das câmeras de segurança fossem cedidas, mas ela foi informada que os aparelhos estavam desligados naquele dia.
“Hoje eu também estou retornando a ligação para o aeroporto para saber se eles têm a boa vontade e me passam essa filmagem, porque até o momento tudo o que me foi passado era que teve um problema nas câmeras e o pessoal da TI iria fazer um reparo. Até agora não entraram em contato comigo porque eles não pegaram meu contato”, relata a jovem.
De acordo com o advogado criminalista e mestre em Direito, Victor Pontes, apesar da polícia Federal atuar nos aeroportos do país, ela não tem responsabilidade em casos como este.
 
“A Constituição, em seu artigo 109 e inciso 4,  diz que só é responsabilidade da Polícia Federal investigar os crimes que envolvem bens, recursos e valores de interesse da União federal. Então o fato de um crime acontecer em uma área em que a Polícia Federal está presente, não atrai a competência para ela”, explica.
O profissional ainda destaca que, caso o crime tivesse acontecido com a aeronave em curso, a PF poderia se envolver nas investigações.
Segundo o advogado criminalista, a concessionária responsável pelo aeroporto pode ser responsabilizada pela indenização pela ausência de fiscalização. “Se for uma empresa terceirizada, ela pode ser responsabilizada, já que há Responsabilidade Objetiva, que basta a vítima comprovar o dano causado por um funcionário da empresa que ela terá direito à indenização”, esclarece.
Por meio de nota, a Aena Brasil, responsável pela administração do aeroporto do Recife, informou que “uma passageira esqueceu um relógio na bandeja do canal de inspeção do Aeroporto Internacional do Recife. Ela retornou ao local imediatamente ao sentir falta, mas o objeto não estava mais lá. O centro de monitoramento do Aeroporto agiu imediatamente, indo conferir as imagens, mas o servidor de tecnologia estava indisponível, impedindo a consulta”.
Segundo a Aena, o sistema foi restabelecido às 3h50 e a passageira não estava mais presente, mas o registro estava preservado. “A gravação mostra a passageira deixando o relógio às 2h11. Apenas um minuto depois, às 2h12, um homem pega o relógio e segue para a sala de embarque. As imagens gravadas, no entanto, só podem ser disponibilizadas mediante autorização judicial”, conclui a nota.
Com informações de Diário de Pernambuco.
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