Um ataque virtual direcionado à influenciadora Patixa Teló provocou indignação nas redes sociais e levantou novamente o debate sobre os limites da liberdade de expressão na internet. Um usuário do X (antigo Twitter) publicou mensagens ofensivas e discriminatórias contra a amazonense, que é reconhecida por sua trajetória de superação e por representar a diversidade regional. O caso foi denunciado e passou a ser tratado como crime cibernético.

O autor da publicação utilizou expressões de ódio e preconceito ao atacar a influenciadora, que é uma das figuras mais conhecidas da internet amazonense por seu carisma e autenticidade.

Na postagem, o agressor chegou a escrever:

“Essa Patixa é o ser vivo mais amaldiçoado do planeta, ele é: Viado, Nortista, PCD, Maniet, Banguela, Gordo. E a família dele ainda fica usando ele como se fosse um espetáculo circense de horror, que vida…”

A mensagem, repleta de termos discriminatórios e ofensivos, viralizou e gerou uma onda de repúdio e solidariedade à influenciadora. Centenas de usuários denunciaram o perfil, que acabou suspenso pelo X após a repercussão.

A advogada Simone Batista, que representa a família de Patixa Teló, afirmou em vídeo que o episódio ultrapassa os limites da liberdade de expressão e será encaminhado às autoridades competentes.

“Esta pessoa cometeu vários crimes e já teve o seu Twitter suspenso. A internet não é terra sem lei. Quem usa o pretexto da liberdade de expressão para ofender e humilhar vai responder judicialmente — e isso vai doer no bolso”, destacou a advogada.

Simone Batista reforçou que a equipe jurídica de Patixa já prepara uma ação judicial para responsabilizar o autor. “Não é opinião, é crime. É importante que todos saibam que palavras têm consequência, mesmo no ambiente virtual”, acrescentou.

Após o ataque, diversas personalidades, fãs e influenciadores manifestaram apoio a Patixa Teló, reforçando a importância de combater o discurso de ódio e a discriminação nas redes sociais, especialmente contra pessoas que representam grupos historicamente marginalizados.

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