Diante da pressão de governadores pela vacina contra o coronavírus, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou, nesta terça-feira (8/12), que o Brasil deverá iniciar a imunização no fim de fevereiro.

O titular da Saúde também disse que as primeiras 8,5 milhões de doses da Pfizer, de uma compra de 70 milhões, devem chegar ao país no primeiro semestre.

De acordo com o ministro, o registro definitivo da vacina da AstraZeneca deve ser concedido no fim de fevereiro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Pazuello prometeu começar a vacinação no Brasil no fim de fevereiro.

“AstraZeneca e Oxford estão concluindo a fase 3. Algumas etapas da fase 3 serão concluídas para, aí sim, submeter à Anvisa para registro. Qual é a previsão? Até o final de dezembro. E a Anvisa, dentro da sua responsabilidade para analisar o registro dessas vacinas, precisa de tempo para concluir essa ação. E, pelo que demonstrou, tempo próximo a 60 dias. Pode ser menos, um pouco. Se tudo estiver redondo, sem recomendações incompletas, (…) se isso acontecer, vamos ter o registro definitivo da AstraZeneca no final de fevereiro. Mesmo que tenha chegado as 15 milhões de doses em janeiro.”

Acordos

Segundo pessoas presentes na reunião, o ministro apresentou os acordos já firmados pelo governo brasileiro para receber 300 milhões de doses em 2021, sendo 260 milhões de Oxford/AstraZeneca e mais aproximadamente 40 milhões obtidas por meio do consórcio Covax Facility.

“Nós fizemos um acordo de transferência de tecnologia para a Fiocruz, com o recebimento de 100 milhões de doses dessa vacina. Essas 100 milhões de doses chegam a partir de janeiro. Chegarão 15 milhões em janeiro, 15 milhões em fevereiro, e vai aumentando até junho, fechando 100 milhões de doses”, afirmou Pazuello durante a reunião.

O ministro também informou que foi elaborado um memorando de entendimento não vinculante com o Butantã e com a Pfizer. A compra, no entanto, ainda depende do registro dos produtos na Anvisa.

Política

O ministro ainda negou que haja resistência do governo ou do presidente Jair Bolsonaro em relação a determinadas vacinas.

“O presidente falou claramente isso aí: todas as vacinas que tiverem seu êxito, sua eficácia, com seus registros da Anvisa da maneira correta, e, se houver necessidade… por que não adquirir? O presidente colocou de forma clara, o resto faz parte do dia a dia das discussões do país”, disse o ministro na reunião. Com informações de Metrópoles.

Artigo anteriorPrefeitura de Manaus oferta 12 vagas de emprego nesta quarta-feira, 9/12
Próximo artigoEm parecer, Moro favorece investigado por corrupção