Em entrevista coletiva, o delegado da 146ª Delegacia de Polícia (Guarus) Carlos Augusto Guimarães afirmou que Carlos Eduardo trafegava por um local iluminado, com boa visibilidade e que identificou a bicicleta da mãe antes de atingi-la com o carro.
“Era uma bicicleta elétrica amarela. Um amarelo-gema, vivo. As testemunhas, pessoas que moravam ali, reconheciam a bicicleta por aquela cor. E o autor [o estudante] tinha memória visual do item, que ele, em outra ocasião, tinha tentado destruir”, afirmou o delegado.
O estudante de medicina tinha pedido dinheiro à mãe para comprar açaí e cigarro. Em seguida, pegou o carro do pai emprestado e saiu. Ele comprou cocaína e maconha em uma comunidade e, ao retornar para casa, viu a mãe pedalando e a atropelou por trás. Eliana morreu na hora.
Inicialmente, o caso era tratado como homicídio culposo. Mas vídeos obtidos pelos investigadores, o resultado da perícia e as apurações levaram a polícia a tender pelo indiciamento de Carlos Eduardo por feminicídio.
“Ele nem sequer demonstrou sentimentos quando viu a mãe morta ali [na rua]. Foi um feminicídio. Havia histórico muito robusto de diversas agressões físicas e verbais [do filho contra ela]. Não foi só um delito qualquer de trânsito”, completou o delegado da 146ª DP.
Em algumas imagens que os policiais conseguiram, o jovem aparecia agredindo a mãe verbal e fisicamente. A reportagem do Metrópoles não conseguiu contato da defesa de Carlos Eduardo. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações.