![WhatsApp Image 2025-02-13 at 14.28.15](https://fatoamazonico.com.br/wp-content/uploads/2025/02/WhatsApp-Image-2025-02-13-at-14.28.15-696x464.jpeg)
Mesmo sendo alvo de críticas pelos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), o governo Lula (PT) obteve uma vitória na Corte nessa quarta-feira (12/2), ao ver liberados os R$ 6 bilhões no orçamento do programa Pé-de-Meia.
O imbróglio em torno do programa expôs o governo também no Congresso, com a articulação de um pedido de impeachment por violação à legalidade orçamentária e à moralidade administrativa. A oposição tentou cravar no governo a marca de desrespeito às regras fiscais que embasou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016.
Os recursos do programa educacional, uma das principais apostas do governo federal na área social, estavam suspensos por decisão do ministro Augusto Nardes, o que ameaçava a continuidade da ação. Os ministros da Corte de Contas entenderam que, apesar da falta de previsão orçamentária, o programa é de vital importância para estudantes brasileiros.
Foi decidido pelo desbloqueio dos recursos, com um prazo de 120 dias (quatro meses) para o governo incluir o programa no Orçamento de 2025, ainda em fase de votação no Congresso. Nesse meio tempo, o governo poderá usar recursos de fundos privados para bancar o programa. A decisão do tribunal ocorreu após semanas de negociações de ministros de Estado com ministros do TCU.
A Corte ainda atendeu o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para que o governo tenha 120 dias para elaborar e encaminhar ao Congresso Nacional um projeto de lei visando à abertura de crédito suplementar, ou outro expediente legal que respeite o regime constitucional do orçamento público, destinado ao financiamento do programa. A solução, portanto, deverá ser encontrada junto ao Congresso Nacional.