FOTO: Érico Xavier/Fapeam

O Grupo de pesquisa Química Aplicada à Tecnologia, da Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (GP-QAT/EST/UEA), desenvolveu um protetor solar que utiliza matérias-primas amazônicas em sua confecção, como óleo da castanha-do-brasil, o óleo essencial de pau-rosa e extratos do guaraná.

A fórmula do produto, que é totalmente vegana, se mostrou promissora, apresentando atividade fotoprotetora e antioxidante, auxiliando diretamente no combate ao envelhecimento da pele. A formulação foi pensada para que o produto não forneça nenhum risco ao organismo e consiste em uma emulsão fitocosmética, ou seja, cujos princípios ativos são óleos, extratos ou mesmo partes de vegetais.

O projeto, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), conta como coordenadora a professora e doutora Patrícia Melchionna Albuquerque, da UEA, que reforça as características do produto. “Estamos buscando o nanoencapsulamento dos ativos amazônicos para incorporar na formulação cosmética e, assim, deixar a emulsão fotoprotetora com uma propriedade chamada liberação controlada. Ou seja, quando o ativo está nanoencapsulado, vai sendo liberado aos poucos, o que resulta na duração prolongada desse efeito”, disse. Os pesquisadores pretendem firmar parcerias para iniciar a comercialização do produto.

O reitor da UEA, André Zogahib, reforça como a universidade disponibiliza aos seus pesquisadores recursos e laboratórios preparados para o avanço da ciência. “É fundamental que a instituição possua esses laboratórios de pesquisa e equipes constituídas por docentes e discentes extremamente qualificados, em especial na confecção desse produto, que preserva o meio ambiente e promove o bem-estar”, destacou.

Juliano Camurça, integrante da equipe, explica que a nanotecnologia aplicada ao protetor solar utiliza pequenas partículas contendo princípios ativos que são capazes de penetrar nas camadas mais profundas da pele, potencializando os efeitos fotoprotetores e antioxidantes. “Meu projeto de mestrado visa, além da ideia de incorporar ativos vegetais como o extrato de guaraná, que é um ativo fotoprotetor, e o óleo essencial de pau-rosa, que atua como ativo conservante, de encapsular esses ativos em escala nanométrica para melhorar a formulação”, finalizou.

Grupo de Pesquisa – Química Aplicada à Tecnologia

O GP-QAT, da EST/UEA, iniciou suas atividades no ano de 2008, com o objetivo de desenvolver projetos estruturantes nas mais diversas áreas da ciência e tecnologia. O grupo, atualmente, evidencia a participação protagonista na comunidade científica local, construindo parcerias importantes com as principais instituições de ensino e pesquisa da região. Além disto, o grupo firmou parcerias relevantes fora do país, dando visibilidade internacional à UEA. O produto foi desenvolvido pela equipe composta por: Patrícia Melchionna, Juliano Camurça, Geverson Façanha, Dâmarys Farias, Sabrina Ferreira e Júlia Lobo.

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