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Pesquisadores realizaram uma revisão de 62 estudos científicos e encontraram indícios alarmantes de que microplásticos e nanoplásticos — partículas plásticas menores que cinco milímetros — que podem penetrar profundamente nos ossos humanos e comprometer a saúde óssea.

Segundo os autores do estudo publicado na revista Springer Nature em junho de 2025, as partículas têm sido detectadas no sangue e, ao alcançar o tecido ósseo, inclusive a medula óssea, podem afetar diretamente as células envolvidas no metabolismo.

Estudos in vitro e in vivo mostram que os microplásticos podem reduzir a viabilidade celular, acelerar o envelhecimento das células ósseas, alterar sua diferenciação e estimular processos inflamatórios.

Em modelos animais, a ingestão ou exposição a microplásticos também causou danos à estrutura óssea: crescimento ósseo comprometido, enfraquecimento da microarquitetura e prejuízo na função de células que constroem ossos (osteoblastos) ou reabsorvem ossos (osteoclastos).

Embora ainda não se saiba exatamente o quanto isso se aplica aos humanos, os pesquisadores destacam que a presença dessas partículas no organismo poderá ser um fator ambiental até agora pouco considerado na saúde óssea. Os pesquisadores também alertam sobre o papel dos microplásticos no agravamento de doenças metabólicas ósseas, como a osteoporose.

Como precaução, eles sugerem reduzir a exposição plástica no dia a dia com alguns hábitos, como filtragem da água, uso moderado de objetos plásticos e diminuição do uso de roupas sintéticas, enquanto mais pesquisas avaliam os efeitos concretos nos ossos humanos.

Com informações de Metrópoles.

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