A Polícia Federal no Amazonas cumpriu, na manhã desta quarta-feira (20), dez mandados de busca e apreensão e dez medidas cautelares no município de Jutaí (a 750 km de Manaus), na Operação Uiara 3. O prefeito Pedro Macário Barbosa (PDT), é dos alvos da ação, que visa desarticular organização criminosa voltada à prática de garimpo ilegal e demais crimes conexos, como corrupção ativa e passiva.

Secretários e assessores, que estariam cobrando propinas de garimpeiros para “autorizar” atividades ilegais no município, também seriam alvo dois agentes da Polícia Federal. O prefeito Pedro Macario Barbosa, por determinação da Justiça Federal será afastado do cargo por 90 dias.

Ele é suspeito de chefiar um esquema que usa a prefeitura de Jutaí e secretarias para cobrar propina de garimpeiros que atuam ilegalmente na região. As investigações apontam que os valores eram pagos em ouro ou dinheiro em espécie.

De acordo com nota da PF há “uma organização criminosa que atua com garimpo ilegal e tem praticado vários crimes ambientais na cidade de Jutaí e em outros municípios do Amazonas”.

Segundo a polícia, alguns dos suspeitos foram afastados de suas funções públicas e todos estão proibidos de acessar as dependências da prefeitura do município. As autorizações para garimpo foram todas suspensas.

As penas, somadas, podem ultrapassar 20 anos de prisão. A operação contou com a participação de policiais federais do Amazonas e do COT (Comando de Operações Táticas), da própria PF.

Na Operação Uiara 1, realizada na região de Autazes e Nova Olinda do Norte foram destruídas 131 balsas e três pessoas foram presas com 150 gramas de ouro extraído ilegalmente da calha do Rio Madeira. Na segunda fase da ação, garimpeiros ilegais foram retirados da região de Borba e foram destruídas 34 balsas.

Prefeito preso de 2021

Em setembro de 2021, a Polícia Federal prendeu em flagrante o prefeito Pedro Macário Barbosa, com 257 gramas de ouro ilegal. O prefeito tentava embarcar no Aeroporto de Tefé com destino a Manaus transportando o material, avaliado em cerca de R$ 80 mil, na época. A PF informou que, segundo o prefeito, que é comerciante, o ouro foi adquirido de um cliente em razão de dívidas de comércio, e não foi apresentada qualquer documentação que demonstrasse a origem legal do material apreendido.

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