Investigações apontam que os contratos suspeitos somam aproximadamente R$ 198 milhões • Polícia Federal do Pará

A Polícia Federal cumpriu cinco mandados de prisão contra empresários e servidores públicos suspeitos de integrarem um esquema de desvio de recursos da saúde e da educação no Pará. A ação faz parte da Operação Expertise, realizada na manhã desta terça-feira (2), em parceria com a CGU (Controladoria-Geral da União).

As fraudes investigadas envolvem contratos fraudulentos financiados com recursos federais do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) e do FNS (Fundo Nacional de Saúde).

Segundo a PF, a organização criminosa atuava por meio do direcionamento de licitações, adesões irregulares a atas de registro de preços, além da simulação ou execução parcial de contratos administrativos.

Após a movimentação fraudulenta, os valores eram repassados a empresas de fachada, convertidos em dinheiro vivo e redistribuídos entre os integrantes do grupo.

As investigações apontam que os contratos suspeitos somam aproximadamente R$ 198 milhões. A operação mobilizou 65 policiais federais e seis auditores da CGU.

Durante as diligências, foram apreendidos veículos de luxo, joias, grande quantidade de dinheiro em espécie, além de dólares e euros.

Veículos de luxo apreendidos durante operação • Polícia Federal do Pará

Ao todo, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão nas cidades de Belém e Marituba, além de medidas judiciais como o bloqueio de até R$ 198 milhões em ativos, afastamento de seis servidores públicos, suspensão das atividades de quatro empresas e quebra de sigilo bancário e fiscal de 17 investigados.

Entre as ordens judiciais, também estão a imposição de monitoramento eletrônico a um dos investigados. As empresas alvo da operação ficam proibidas de manter contratos ativos com órgãos públicos do Pará e de Marituba por tempo indeterminado.

De acordo com a PF, o objetivo da ação é interromper a continuidade dos desvios e garantir a recuperação dos valores públicos destinados a serviços essenciais de saúde e educação, comprometidos pelo esquema criminoso.

Com informações de CNN Brasil.

Artigo anteriorVestibular e SIS da UEA registram o maior número de inscrições dos últimos 10 anos
Próximo artigoBolsonaro incitava animosidade contra o Judiciário e integrantes, diz Gonet