A reunião está marcada para as 9h30, na sede do sindicato, em São Paulo. A categoria reivindica melhores condições de trabalho e reajuste salarial.
O estado de greve foi oficializado desde que pilotos e comissários rejeitaram, em votação realizada até essa segunda-feira (22/12), a proposta de algumas das companhias aéreas para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Segundo o SNA, 49,31% votaram contra a proposta patronal, 49,25% foram favoráveis e 1,44% se abstiveram. A negociação e a possibilidade de greve envolvem apenas as companhias Azul e Gol. Em relação à Latam, os pilotos e comissários aprovaram, em votação nos dias 11 e 12 de dezembro, as propostas de acordo coletivo apresentadas pela empresa e, por isso, não há risco de paralisação.
Confira convocação na íntegra:
Reivindicações da categoria
Entre os principais pontos exigidos pelos aeronautas de Azul e Gol, estão:
- Recomposição salarial pelo INPC mais 3%;
- reajuste do vale-alimentação pelo INPC mais R$ 105;
- previdência privada;
- aumento das diárias internacionais (US$ 4 para América do Sul, EUA e América Central);
- pagamento em dobro da hora noturna.
A categoria aponta, também, o combate à fadiga como pauta prioritária, tema relacionado à saúde dos tripulantes e à segurança operacional.
Proposta do TST
Em contraproposta, o TST apresentou, ainda nesta terça-feira, uma nova sugestão que prevê reajuste salarial pelo INPC mais 0,5% e aumento de 8% no vale-alimentação. A proposta será analisada na assembleia de segunda-feira.
Caso a greve seja aprovada, a paralisação não será imediata. O sindicato afirma que há um prazo legal de 72 horas para o início do movimento.
O impasse ocorre às vésperas do período de maior demanda do transporte aéreo, durante as festas de fim de ano, e pode afetar a programação de voos no Ano Novo. Até a decisão da assembleia, os tripulantes seguem trabalhando normalmente.
Em nota, o SNA afirmou reconhecer os transtornos que uma greve pode causar aos passageiros, mas disse que a mobilização é o último recurso, diante da falta de consenso nas negociações. O sindicato sustenta que a valorização dos aeronautas é essencial para manter os padrões de segurança e qualidade da aviação civil brasileira. Com informações de Metrópoles.